Inocêncio - In Contos do dia e da noite

Ah!!!. A injeção não. Não, de novo não.

Apesar dos protestos a injeção amolentou-me, senti-me desfalecer e repentemente vi aquele homem de novo estava em casa ele sempre

estava em casa mas eu o odiava odiava-o sempremente que roubava minha mãe de mim Eu ficava cheio de raiva e queria bater naquele homem mamãe cuidava de mim dava-me os remédios para dormir e também os remédios durante o dia Eu não entendia mas obedecia e intimamente agradecia minha mamãe Ela sempre estava a olhar-me e a chamar-me a atenção ela achava que eu lavava as mãos no sempre diamente que vezmente sangrava mas eu não compreendia não podia ser a água que fazia minha mão sangrar Dizia minha mamãe que eu lavava demais as mãos e as esfregava muitamente por isso sangrava está em pele viva Eu ouvia assim como distante longe apenas um eco sem distinguir o que significava Para mim tudo parecia sujo inclusive aquele homem odiável Não gostava mesmo dele nem o queria por perto Às vezes mamãe sumia com ele trancava-se no quarto e não deixava eu entrar então ficava em desespero pois eu

a ouvia gemer e queria salvá-la daquela situação Nunca entendi

Parece que longe aquele homem do seu jeito me amava mas eu dia após dia o odiava mais Outro dia eu o vi segurando a mão de mamãe e senti uma revolta tão grande que parti para cima do homem a pauladas murros pontapés queria matá-lo Minha querida mãezinha tentou impedir-me e eu revoltado empurrei-a com toda a força ouvi um baque ao empurrá-la e ao olhá-la vi sangue escorrendo de sua cabeça mas continuei batendo naquele homem odiável até que chegou uns homens de pretos com pedaços de paus bateram em mim tiraram-me de cima do homem e segurando minhas mãos às costas amarraram-nas e jogaram-me dentro de um carro Aquele homem e Mamãe não vejo mais eles estou amarrado em uma cama num quartinho que nem pia tem para que eu possa lavar as mãos Mamãe nunca mais me deu remédios só uns homens nojentos agoramente empurram-me os remédios boca a dentro Choro chamando Mamãe mas ela não vem não vem mais será que ela está brava comigo ???.

gerson chechi
Enviado por gerson chechi em 27/10/2012
Reeditado em 14/11/2012
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