Seu senso de humor me incomoda
Eduardo sentou-se à mesa, ainda sonolento, para tomar o café da manhã.
- Nossa, Lavínia, o cheiro está delicioso! Dormi tão bem essa noite, nem vi você levantar para aprontar o café. Notou que o Otto não latiu nadinha essa noite? Eu falei pra você...
- Sim, amor - disse ela servindo o sanduíche.
- Hummm, está uma maravilha... Lavínia, o que é isso pururucando no pão?
Lavínia desatou a gargalhar insanamente. Lágrimas escorriam dos cantos de seus olhos, enquanto ela apertava a barriga, lutando para conseguir respirar; ria sem parar.
- Lavínia...
Eduardo se levantou da cadeira, olhou para os lados, andou pela casa assobiando alto, tentando chamar por Otto. Este não apareceu.
- Sabe, Lavínia. Às vezes eu não entendo esse seu senso de humor...