Malevitch
O jornalista brasileiro, Fabiano Maisonave, visitou a serviço Tiraspol – na Transnístria.
O país, encravado entre a Ucrânia e a Moldava –
a não ser pelo rio Dnister
que escorre até o mar;
tem uma população estimada em 518,7 mil almas.
A capital da Transnístria é Kichinev.
Lá se fala romeno na maioria mas também russo por necessidade.
Gennaddi Vihristina é taxista em Tiraspol onde anda com um passaporte amarfanhado da CCCP ou antiga União das Repúblicas Soviéticas Socialistas – URSS.
- Aqui, em Transnístria - diz – é o único documento oficial.
A Transnístria tem 4,1 mil km2,
algo assim como o seu município se ele for mais ou menos grandinho.
- Aqui a gente queria só falar romeno – diz um cidadão que não quer se identificar – mas os russos vieram armados e não deixaram.
De fato, consultando a história de Transnístria decobre-se que o governo central estabeleceu, em 1922, o romeno como língua oficial do país, mas isto desatou uma guerra civil.
- Varlav k mahal si duana – gritou um transnistriense moldavo para um russo transnistriano que respondeu – kaput das vos.
Até que o exército soviético apareceu e mandou todo mundo pra casa.
Hoje a Transnístria é governada pela vodka Igor Smirnov, de 70 anos.
Prefeito quando da URSS, parece que da capital – Kichinev ou Kirchernever – Smirnov sofre de tracoma nas costas e busca a reeleição numa das tundras locais.
Nas ruas de Kichinev _ a bordo do táxi de Gennaddi Vihristina, se vê a bandeira vermelha com uma faixa verde horizontal ao meio e a foice e o martelo amarelos num canto.
Há também estátuas de Lênin. E, sim, blocos de apartamentos, fábricas cinzentas...
Já em Bender, outra cidade do país, um tanque soviético adorna a adorável praça central, onde um obelisco vazado dispõe de um sino sob a réplica de uma cúpula ortodoxa.
Isto, rodeado de jardins de colorido vívido e um vidoeiro que joga suas folhas e flores vermelhas até sombrear um carro de guerra.
A Transnístria tem dois times de futebol : o Sheriff e o Tiraspol.