AO AMIGO HORACIO I. (O PÉ DE COUVE.)

Eram os idos de 1958,
Eu, na época com apenas 6 anos,
Vivo ainda estou para contar-lhes tal façanha.
Saímos do Rio de Janeiro em excursão para Petrópolis.
Várias famílias acompanhando o nosso time de futebol.
Continental era o nome da valorosa equipe dirigida por meu pai Jayme.
Invicto a vários jogos, sem ao menos empatar as partidas.
Nossas mães cuidavam da parte dos comensais. Geralmente, frango com farofa, laranjas e bananas.
Famílias inteiras completavam o caminhão que nos transportava para o município vizinho.
Sim, o transporte era feito por um caminhão, Ford, 1928, queixo duro, de um vizinho que trabalhava com entrega de verduras nas feiras da cidade, que gentilmente ofereceu a condução, sendo logo aceita por todos, pela economia que se faria, ao invés de se alugar um ônibus.
A peleja foi um sucesso, ganhamos de 3X0 da equipe local.
No retorno é que ocorreu o inesperado.
Chovia aos cântaros na serra.
Cerração intensa, não deixava o motorista avistar os carros à sua frente.
Em uma curva perigosa, a geringonça desgovernou-se, saiu da pista e desceu ribanceira abaixo.
Não demorou 10 segundos e o caminhão, com todos seus passageiros, estancou.
Todos ficaram atônitos e sem qualquer arranhão desceram da joça e se depararam com um enorme pé de couve, onde o veículo bateu, responsável por salvar todas aquelas vidas.
"E quem quiser que conte outra".



Por: Jaymeofilho.
10/09/2012.
Jaymeofilho
Enviado por Jaymeofilho em 10/09/2012
Reeditado em 23/01/2015
Código do texto: T3874470
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