O SENTIDO DA VIDA

Subiu um degrau de cada vez.

O mestre que o acompanhava estava a seu lado com seu cajado, uma vara fina, arqueada na ponta.

Ambos estavam vestidos com túnicas de algodão surradas pelo tempo.

Nos pés, sandálias antigas.

O discípulo ou aprendiz estava silencioso e o mestre era assim todos os dias.

A escada feita de pedra era alta e ao redor via-se muitas árvores verdes e frondosas que pareciam falar com aqueles que passavam por ali.

O esforço de subi-la era mínimo diante de tanta beleza em volta o lugar.

Após algum tempo, quando chegaram ao topo, o mestre exclamou ao discípulo atento, mas silencioso:

___ Isto é vida!

E abriu os braços como se abençoasse tudo ao mesmo tempo em que percebia a presença de seres luminosos.

O discípulo sorrindo, disse então:

___ Somente agora compreendo o que vejo, meu amigo e mestre.

O mestre espichou o olhar para ele e quis saber:

___ O que compreende agora, meu filho?

O discípulo respondeu:

___ Que viver é o máximo no esforço mínimo que se faz a cada degrau galgado.

O mestre sorriu e logo em seguida disse:

___ Exatamente! Cada degrau é uma fase em sua caminhada, e, em cada passo que sobe, a escalada da sua própria evolução.

Ambos, mais uma vez, se integraram diante da cidade vista do alto.

Lá embaixo, todos que viviam continuavam indo e vindo, enquanto lá, do alto, mestre e discípulo se compraziam com a notoriedade de suas vidas em comum.

ROSE LOUISE
Enviado por ROSE LOUISE em 15/08/2012
Código do texto: T3832531
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