O VAZIO DO SER
Estou sendo invadido constantemente. Algo vive e deforma o meu corpo, porém não destrói minhas carnes, mas em minha consciência, a certeza de estar bem me afirma que estou mal; em péssimas condições. Não encontro apoio, sossego ou abrigo em lugar nenhum e, nem suponho onde poderei encontrar se é que poderei atingir tal cume. Uma dor profunda invade o meu intimo. É uma espécie de doença a qual não tem cura e, nem mesmo é possível diagnosticar qualquer antídoto para amenizar a sensação de mal estar terrível que me assola em todos os momentos. Inútil procurar especialistas. Está claro que se trata do vazio que invade o homem moderno, ou mesmo aquele medieval que se distanciou do aparente e fugiu disparado em busca de soluções jamais encontradas.
Seguem os vermes não visíveis a roerem minhas carnes, meus pensamentos, minhas franjas possíveis de salvação que se evaporam na descrença plena. O volátil da vida, o diário, o rotineiro não mais interessa. Tudo isso se acaba quando o homem descobre a verdadeira face da mentira embrulhada na superficialidade da verdade. Sou consciente das certezas forjadas, vencidas pela linguagem. A praga sofista espalhada em qualquer beco imundo da terra povoada por estes ratos humanizados. Todo esse malabarismo encarapuçado sob a beleza da flor. Não é necessário pensar, ou perguntar os porquês, não há respostas, não aqui; nessa dimensão. Será que devo acreditar em mais essa verdade e baixar a cabeça entregue a oração salvadora? O que há são incógnitas, devaneios, pensamentos flutuantes, talvez alternativas e provavelmente ainda enganosas...
OBS: TRECHO DO CONTO "O VAZIO DO SER" PUBLICADO NO LIVRO "RASCUNHOS EXISTENCIAIS" DE VALDON NEZ
Estou sendo invadido constantemente. Algo vive e deforma o meu corpo, porém não destrói minhas carnes, mas em minha consciência, a certeza de estar bem me afirma que estou mal; em péssimas condições. Não encontro apoio, sossego ou abrigo em lugar nenhum e, nem suponho onde poderei encontrar se é que poderei atingir tal cume. Uma dor profunda invade o meu intimo. É uma espécie de doença a qual não tem cura e, nem mesmo é possível diagnosticar qualquer antídoto para amenizar a sensação de mal estar terrível que me assola em todos os momentos. Inútil procurar especialistas. Está claro que se trata do vazio que invade o homem moderno, ou mesmo aquele medieval que se distanciou do aparente e fugiu disparado em busca de soluções jamais encontradas.
Seguem os vermes não visíveis a roerem minhas carnes, meus pensamentos, minhas franjas possíveis de salvação que se evaporam na descrença plena. O volátil da vida, o diário, o rotineiro não mais interessa. Tudo isso se acaba quando o homem descobre a verdadeira face da mentira embrulhada na superficialidade da verdade. Sou consciente das certezas forjadas, vencidas pela linguagem. A praga sofista espalhada em qualquer beco imundo da terra povoada por estes ratos humanizados. Todo esse malabarismo encarapuçado sob a beleza da flor. Não é necessário pensar, ou perguntar os porquês, não há respostas, não aqui; nessa dimensão. Será que devo acreditar em mais essa verdade e baixar a cabeça entregue a oração salvadora? O que há são incógnitas, devaneios, pensamentos flutuantes, talvez alternativas e provavelmente ainda enganosas...
OBS: TRECHO DO CONTO "O VAZIO DO SER" PUBLICADO NO LIVRO "RASCUNHOS EXISTENCIAIS" DE VALDON NEZ