O Gestor de Mundos
Nas sombras da noite desceu entre nós.
Habitávamos cavernas, ou palhoças mal erguidas, naquela tentativa de recomeço de tudo após o apocalipse derradeiro.
Como era belo e tão iluminado, trazendo-nos de volta as recordações do mundo colorido que fomos e pensei em Paris, Nova York e até no nosso Rio de Janeiro. Entre todos os mundos que orbitam no espaço, veio a Terra a pagar, também agora, o preço do holocausto final.
Apavorados, muitos se encolhiam ainda mais nas cavernas e nas gruas. Sua figura retratamos por tanto tempo e veio, até, a dividir a história e até os homens e suas religiões.
Não sabia no que acreditar ao vê-lo daquela forma, resplandecente e envolto em luz. Veio vibrando e a atmosfera sombria e carregada da noite plúmbea, se fez verter em claridade intensa similar à da lua cheia, e talvez mais forte ainda.
Saí do ponto em que me encontrava, ávido por crer que fosse verdade a nossa libertação, afinal, dos sofrimentos indizíveis daquela nova humanidade.
Gritei, então, caindo de joelhos:
- Senhor, Senhor: eu creio em ti, Senhor!
Nisso, partindo dele, uma espécie de raio fulminou-me varrendo-me da existência. Não era que eu queria que fosse, era apenas um faxineiro de mundos, terminando o trabalho que começamos ao destruir a Terra, preparando-a para receber, no futuro, uma nova espécie após o saneamento que deveria ocorrer. E assim se sucedem, nos mundos, as criaturas que deverão dominá-los atendendo à vontade daqueles seres iluminados, criadores e gestores de mundos, que nossas crenças pueris alçaram ao patamar de anjos...
Habitávamos cavernas, ou palhoças mal erguidas, naquela tentativa de recomeço de tudo após o apocalipse derradeiro.
Como era belo e tão iluminado, trazendo-nos de volta as recordações do mundo colorido que fomos e pensei em Paris, Nova York e até no nosso Rio de Janeiro. Entre todos os mundos que orbitam no espaço, veio a Terra a pagar, também agora, o preço do holocausto final.
Apavorados, muitos se encolhiam ainda mais nas cavernas e nas gruas. Sua figura retratamos por tanto tempo e veio, até, a dividir a história e até os homens e suas religiões.
Não sabia no que acreditar ao vê-lo daquela forma, resplandecente e envolto em luz. Veio vibrando e a atmosfera sombria e carregada da noite plúmbea, se fez verter em claridade intensa similar à da lua cheia, e talvez mais forte ainda.
Saí do ponto em que me encontrava, ávido por crer que fosse verdade a nossa libertação, afinal, dos sofrimentos indizíveis daquela nova humanidade.
Gritei, então, caindo de joelhos:
- Senhor, Senhor: eu creio em ti, Senhor!
Nisso, partindo dele, uma espécie de raio fulminou-me varrendo-me da existência. Não era que eu queria que fosse, era apenas um faxineiro de mundos, terminando o trabalho que começamos ao destruir a Terra, preparando-a para receber, no futuro, uma nova espécie após o saneamento que deveria ocorrer. E assim se sucedem, nos mundos, as criaturas que deverão dominá-los atendendo à vontade daqueles seres iluminados, criadores e gestores de mundos, que nossas crenças pueris alçaram ao patamar de anjos...