UM DIA DE FÚRIA
Hoje peguei os três de jeito. Sobrou safanão pra todo lado. Não poupei nenhum deles.
Arrebentei o Id de porrada, refreei sua devassidão libidinosa e agora está lá na geladeira amuado esfriando os ânimos. Agarrei o Superego pela garganta e amarrei seus demônios repressivos filhos de uma égua que só sabem dizer não, não, não... Depois de muita surra, o cabra se livrou das minhas garras e correu embaixo da cama; está lá desenxabido e encolhido feito piolho de cobra.
O Ego, este chato de galocha que só vive em cima do muro, enchi o calhorda de pancada na cara e no pé do ouvido, expulsei o meliante de casa e mandei se juntar com a turma do deixa disso ou ver se eu estou na esquina.
No momento e pelo resto do fim de semana estou vazio, sem Id, Ego e Superego. O Freud que se dane.