O fim de ano na praia

A ideia partira de uma meia dúzia de amigos. Dispostos a comemorar a virada juntos e fazendo o que mais gostavam: curtir uma praia, comer churrasco, regado à cerveja bem gelada. Gostaram tanto da escolha que já passavam de quarenta pessoas reunidas no dia 31. Foram chegando aos poucos e logo a turma já estava completa.

Era uma festa só: praia, comer, beber e ver a queima de fogos. Divertiram-se tanto, que na madrugada, exaustos e completamente bêbados, desmaiaram pelas areias da praia.

Estavam tão felizes que esqueceram de uma velha tradição dos que costumam virar o ano na praia. Saudar Mamãe Iemanjá. A rainha poderosa, majestosa em seu oceano, varreu com suas ondas altas e bravias, as areias da praia onde alguns participantes da festa ainda estavam desmaiados de sono e embriaguez. Uns perderam tudo o que levaram o que sobrou da farra e também bolsas, roupas, chaves de carro, e outros três foram levados pelas ondas e lá no fundo do mar acordaram e a primeira coisa que viram foi o sorriso de uma linda sereia, dando-lhes as boas vindas ao mundo misterioso e mágico das profundezas do fundo do mar.