Escrevo como se fosse ontem. Mas não.
Somente o que escrevo fica no passado. Meus pensamentos também se perdem a cada respirar. Oscilo entre o antes e o agora, mas sei que vivo melhor imerso num tempo que fora deixado para trás.
Lá, livro-me dos tormentos e dos atos que se tornaram artefatos insanos dos momentos guardados e esquecidos num canto qualquer da inevitável reminiscência combalida.
Mantenho-me estático ante os acontecimentos de agora, assim economizo tédio.
Vou vivendo as cenas que se repetem, mobilizando-se a cada instante e deixando na boca o gosto do amargo “Déjà vu”.
Os sulcos esculpidos no rosto que o espelho insiste em exibir, não estão de acordo com a idade vivida no inimaginável e fantástico mundo sem dores. Mas o mesmo espelho indica o caminho de volta que às vezes se cruza com a linha do horizonte cinza.
Ainda existe a ânsia de viver...
É como se fotos contempladas no momento no advento crepuscular criassem um mix de cores convertidas em pó, de papéis amarelos queimados pela ação furiosa do tempo.
O futuro é deixado numa época, para que o ciclo de vida se cumpra sem queimar etapas.
Mesmo assim existem as incertezas crepitantes do que se passou, e se realmente passou como todos dizem, para onde foram? Onde estariam agora?
As algemas apertam a cada tiquetaquear convulsivo do relógio na sala e os dias se tornam longos e longínquos a cada amanhecer.
As janelas trazem grades que jamais serão transpostas, são grades imaginarias que protegem os dois tempos, quando romperem estas grades o caos terá dado inicio, mas isso é outro assunto.
Como um atalaia, observo as estações virem e irem em seus ritmos agora descompassados.
Alimento-me da esperança de um dia voltar à realidade vivida, no tempo certo, assim que se cumpra minha pena.
Escrevo como se fosse ontem. Mas não...
Dedicatória:
Este conto faço questão de dedicar a um grande amigo que apesar de nunca tê-lo visto pessoalmente aprendi a admira-lo.
Escritor e mestre Haijin Alberto Vasconcelos.
Clique aqui e visite sua pagina no Recanto.
Caro Alberto, sua sinceridade é tanta que pode ser palpável mesmo virtualmente.
Obrigado pelas dicas e pela paciência.
Seu admirador sempre.
Somente o que escrevo fica no passado. Meus pensamentos também se perdem a cada respirar. Oscilo entre o antes e o agora, mas sei que vivo melhor imerso num tempo que fora deixado para trás.
Lá, livro-me dos tormentos e dos atos que se tornaram artefatos insanos dos momentos guardados e esquecidos num canto qualquer da inevitável reminiscência combalida.
Mantenho-me estático ante os acontecimentos de agora, assim economizo tédio.
Vou vivendo as cenas que se repetem, mobilizando-se a cada instante e deixando na boca o gosto do amargo “Déjà vu”.
Os sulcos esculpidos no rosto que o espelho insiste em exibir, não estão de acordo com a idade vivida no inimaginável e fantástico mundo sem dores. Mas o mesmo espelho indica o caminho de volta que às vezes se cruza com a linha do horizonte cinza.
Ainda existe a ânsia de viver...
É como se fotos contempladas no momento no advento crepuscular criassem um mix de cores convertidas em pó, de papéis amarelos queimados pela ação furiosa do tempo.
O futuro é deixado numa época, para que o ciclo de vida se cumpra sem queimar etapas.
Mesmo assim existem as incertezas crepitantes do que se passou, e se realmente passou como todos dizem, para onde foram? Onde estariam agora?
As algemas apertam a cada tiquetaquear convulsivo do relógio na sala e os dias se tornam longos e longínquos a cada amanhecer.
As janelas trazem grades que jamais serão transpostas, são grades imaginarias que protegem os dois tempos, quando romperem estas grades o caos terá dado inicio, mas isso é outro assunto.
Como um atalaia, observo as estações virem e irem em seus ritmos agora descompassados.
Alimento-me da esperança de um dia voltar à realidade vivida, no tempo certo, assim que se cumpra minha pena.
Escrevo como se fosse ontem. Mas não...
Dedicatória:
Este conto faço questão de dedicar a um grande amigo que apesar de nunca tê-lo visto pessoalmente aprendi a admira-lo.
Escritor e mestre Haijin Alberto Vasconcelos.
Clique aqui e visite sua pagina no Recanto.
Caro Alberto, sua sinceridade é tanta que pode ser palpável mesmo virtualmente.
Obrigado pelas dicas e pela paciência.
Seu admirador sempre.