CONTOS QUE EU CONTO 2 Um passeio no parque

CONTOS QUE EU CONTO 2

Uma tarde no parque

Ela pensava, pensava e não chegava a nenhuma conclusão. Será porque era loira e a cor do cabelo tem uma posição preponderante na inteligência? Sentado em um banco frio de concreto observava as crianças brincando com bola, outras andando de bicicleta. Um senhor de uns quarenta e poucos anos com uma barriga típica de homem domestico (uma nova modalidade de homem) Coçava os testículos (o saco) forma grosseira ate acintosa. Pensei, por que os homens coçam tanto o saco? Macaco também coça, seria uma boa matéria analítica ou quem sabe, o titulo de um filme “O homem que coçava”. Mas não são todos os que coçam. O Pedrinho filho de um velho e estimado amigo, não coça, pelo ao menos eu nunca vi coçando, bem!! Humm... ele não conta, tem um jeito meio afeminado. Talvez coce o dos outros, alguns precisam de ajuda, bom deixa pra lá.

Uma senhora com um shortinho apertado até parecia à continuação de pele. Passava rebolando, uma bunda daquelas que os homens têm pensamentos que ruborizam os padres nas confissões de domingo. O marido com uma cara de bunda ou seria cara de corno! Ia ao lado com um ar de ostentação como se a bunda admirada fosse à dele. Um veinho com um shortinho de lycra, se achando rapazinho ia de bicicleta virou a cabeça perigosamente para observar aquele glúteo “bunda”, quando virou para frente, era tarde demais, nestes breves segundos materializou-se na frente dele uma barraca de coco com dois casais que nada tinha a ver com a bunda criminosa da distinta senhora do corno ou cara de bunda. (que teimam em chamar os outros de corno). Foi uma confusão cinematográfica, coco esparramado, os dois casais se trocaram, parecia uma suruba bem pornográfica, o vendedor de coco havia desaparecido debaixo do guarda sol misturado com gelo. E ela, a loira, pensava pensava e pensava. Um monte de curiosos correu para socorrer o desastre ocasionado pela particular bunda da senhora do cara de bunda. Entre as vitimas do desastre bundal, se descobriu que um dos senhores vitimados pela bicicleta do cúmplice da bunda criminosa, era um desembargador da justiça brasileira, pode um trem desses? Olha só o titulo da manchete “Desembargador vitima de Bunda esta internado em estado critico” atentado no parque da cidade em Brasília pela abscura bunda Criminosa, quase matou cinco pessoas. Eita!! Que bão que esta bunda não e sua! A senhora dona da bunda em questão ficou diminuída por uma bunda que veio em seguida, esta é mesmo uma bunda alegre, a proprietária estava no trote, à bunda grande tipo King Size vinha se aplaudindo, isso mesmo, grande e mole no trote a banda se aplaudia com um som meio estranho, como se fosse uma tapa nas costa molhada, seraaa??? Eu não quero mais a bunda como minhas preferências e devaneios sexuais, nego, recuso depois disso traumatizei, doravante a bunda somente para o ato fético da fisiologia exclusiva, ou seja, instrumento de defecar. Ela pensava pensava e pesava já estava ficando com dor de cabeça (loira tem dor de cabeça só não sabe para que serve).

La vinha o fortão bombado, cheio de tatuagem, arrancando suspiros... Das bichinhas e olhares desejos dos enrrustidos. Maldade? Inveja? Não, não não, pura verdade e só observar a indiferença das gostosas e os olhares dos últimos. Eu sempre achei que o bombado ou bumbado e meio homo aquele jeito de tentar arrancar os olhares de atenção e procurar admiração dos homens não é e nem pode ser normal. E quando puxa o cachorrão! Hummmm !!! Ai! Ai! Ai! Vamos deixar o papo bichoso até porque a violência não esta no meu cardápio existencial.

Lembro de uma vez que ia passando com minha velha Brasília 74 e na calçada ia dois pit bichas com aquele ar de vem que gosto. Já prestou atenção à diferença comportamental da loura pensativa e do pit? Igualzinho e o pit adorrra uma loira. Eu gritei de dentro da velha Brasília 74 em movimento Pit bichaaaaaaaaaaaaas. Todo castigo para corno e pouco não e? A velha Brasília 74 parecia amestrada a desgraçada parou na hora, afogouuuu e eu desesperado tentava fazê-la funcionar fazendo promessa para todos os santos que lembrava e os que eu não lembrava também. Resumindo acordei no hospital um dia depois, cheio de hematomas e mordidas que ate hoje não sei se foi do pit bull ou dos pit bichas. Quer ver as marcas eu mostro e tem uma bastante curiosa pertinho do bilau com a forma arredondada humm!!!! Tenho impressão que aproveitaram da minha castidade. A loura comportada sentadinha no banco lembrou eee!!! Lembrou, estava esperando..

Porque todo parque tem gente chata, eu me lembro do Chico Anísio em entrevista no Jô Soares dizendo que se andar fizesse tão bem para a saúde o carteiro era imortal e ai vem um cara me abordar para que eu me movimentasse que caminhar no parque faz bem para a circulação, para o coração e bla bla bla bla eu pedi a ele que abrisse a boca para que eu olhasse e todo solicito abriu. Agradeci e mandei que fechasse e ele curioso fez a famosa pergunta, para que? Olha só depois de abrir a boca para um desconhecido o infeliz pergunta para que, Me deu uma vontade de pedi a mulher dele emprestada por uma noite a mãe dele também, serve o tempero de uma boa refeição e a fome. Mas educadamente eu respondi que era para ver se tinha um gravador dentro e ele meio sem graça me deixou em paz. Bem mais inteligente do que a loura e o bumbado juntos. Aplausos!!!!!

Voltei a observar os transeuntes do parque da cidade de Brasília.