A CASA DE MARIMBONDOS
Eu tinha um primo emprestado, filho de uma “mãe solteira”, (um escândalo para a época), chamado Edmilson, só que conhecido pelo nome de “Muriçoca”, dada a real semelhança com a “dita cuja”. De vez em quando ele aparecia, fugido da mãe, lá pela casa do limoeiro para brincarmos. Mas o danado era muito mais esperto do que eu. Menino da cidade, digo da vila, e eu da roça; inventou de caçarmos uma casa de marimbondo para saborearmos o mel. Nos embrenhamos pelo mato a procura dos tais “bichinhos”, e não é que perto de uma ingazeira, onde calmamente descansava a nossa querida vaquinha de leite, no meio de um galho do arbusto conhecido como “unha de gato” pelos seus famosos espinhos, lá estava uma linda casa de marimbondos. O danado do Muriçoca arranjou uma vara e disse-me para derrubar a casa e correr. Depois que os marimbondos fossem embora voltaríamos para pegar a casa e sorver o mel dos pequenos alvéolos. Doloroso aprendizado. No meio dos espinhos o máximo que consegui foi dar umas boas sacudidelas na casa de marimbondos, o suficiente para que eles resolvessem sai à caça de intruso abelhudo e aplicar uma saraivada de picadas. Cheguei em casa aos prantos e com inchaços no rosto e nos braços. Se não fosse o meu estado deplorável, certamente minha mãe teria me aplicado um bom corretivo de complemento. O Muriçoca ficou um bom tempo sem aparecer.
Eu tinha um primo emprestado, filho de uma “mãe solteira”, (um escândalo para a época), chamado Edmilson, só que conhecido pelo nome de “Muriçoca”, dada a real semelhança com a “dita cuja”. De vez em quando ele aparecia, fugido da mãe, lá pela casa do limoeiro para brincarmos. Mas o danado era muito mais esperto do que eu. Menino da cidade, digo da vila, e eu da roça; inventou de caçarmos uma casa de marimbondo para saborearmos o mel. Nos embrenhamos pelo mato a procura dos tais “bichinhos”, e não é que perto de uma ingazeira, onde calmamente descansava a nossa querida vaquinha de leite, no meio de um galho do arbusto conhecido como “unha de gato” pelos seus famosos espinhos, lá estava uma linda casa de marimbondos. O danado do Muriçoca arranjou uma vara e disse-me para derrubar a casa e correr. Depois que os marimbondos fossem embora voltaríamos para pegar a casa e sorver o mel dos pequenos alvéolos. Doloroso aprendizado. No meio dos espinhos o máximo que consegui foi dar umas boas sacudidelas na casa de marimbondos, o suficiente para que eles resolvessem sai à caça de intruso abelhudo e aplicar uma saraivada de picadas. Cheguei em casa aos prantos e com inchaços no rosto e nos braços. Se não fosse o meu estado deplorável, certamente minha mãe teria me aplicado um bom corretivo de complemento. O Muriçoca ficou um bom tempo sem aparecer.