A jovem e o rato, Existência
Ela era jovem;
A beleza simples caracterizava sua forma nada convencional de ser. A idade se aproximava dos 17 ou 18, sua pele clara, pálida, quase cor indefinida e seus cabelos quase pretos não escondia sua face de quase triste e quase alegre. Sentada no terceiro degrau de uma escada com os braços apoiados sobre os joelhos, ela frizava seus olhos num rato que se aproximava de um boeiro- seu lar- quente e odorívelmente horrivel. Odorível? um fedor que só o quente e o escuro tem, sem passagens de algo limpo ou normal.
Os seus pensamentos pulsavam e isso se dava quando apertava seus olhos quase inexistentes e atenuados pela lua quente de 14horas da tarde. Ela pensaara:
_ Por que um ser pode ser tão desprezível por andar num esgoto,roer e comer restos? Como saber ou afirmar que ele é tão ou pior,repulsivamente, do que um ser racional, se ele é apenas ele? O ser ,homem, se divide em classes, comportamentos,sentimentos,pensamentos e sempre se julga melhor que o proximo ou o distante. Por que o rato é pior se ele é apenas ele? A classe dele nao se divide, é normal pra ele. Se rato vivesse em cama limpa e comesse o trivial dos seres humanos, nao seria um rato, seria um "nós". Por que desprezar um ser que é apenas aquilo que foi designado a ser?
A jovem Pensava...
Suas leituras eram nada convencionais. Não conseguia entender qual o objetivo das leituras de revistas em quadrinho. A melhor forma que tinha de esclarecer ou explicar a leitura era ler Sartre.
O rato levantara a cabeça e parecia olhar firme e continuamente para a moça - que não se incomodava nenhum um pouco com as manchas vermelhas que o sol desenvolvia em sua pele, parecia até gostar de ter uma cor normal- o rato a assustara levemente. Como um rato poderia fixar um olhar naquilo que nao era alimento?! Se a olhavam, retratavam estranheza e ojeriza, a nao ser para um fim: o de pedir explicaçoes sobre as subjetividades contidas em alguma literatura. O que explicar,se tudo estava entrelinhas? Mas Ela conseguia fazer os seres incompletos de sentidos, entender o que de mais sentido havia nas letras, porque ela era o sentido das coisas que só ela sabia enxergar: A diferença e a impotência de conceituar o que não precisava por ser um pouco demais diferente. Isso trazia surpresas e admirações dos ratos insensíveis.
Ela era jovem;
A beleza simples caracterizava sua forma nada convencional de ser. A idade se aproximava dos 17 ou 18, sua pele clara, pálida, quase cor indefinida e seus cabelos quase pretos não escondia sua face de quase triste e quase alegre. Sentada no terceiro degrau de uma escada com os braços apoiados sobre os joelhos, ela frizava seus olhos num rato que se aproximava de um boeiro- seu lar- quente e odorívelmente horrivel. Odorível? um fedor que só o quente e o escuro tem, sem passagens de algo limpo ou normal.
Os seus pensamentos pulsavam e isso se dava quando apertava seus olhos quase inexistentes e atenuados pela lua quente de 14horas da tarde. Ela pensaara:
_ Por que um ser pode ser tão desprezível por andar num esgoto,roer e comer restos? Como saber ou afirmar que ele é tão ou pior,repulsivamente, do que um ser racional, se ele é apenas ele? O ser ,homem, se divide em classes, comportamentos,sentimentos,pensamentos e sempre se julga melhor que o proximo ou o distante. Por que o rato é pior se ele é apenas ele? A classe dele nao se divide, é normal pra ele. Se rato vivesse em cama limpa e comesse o trivial dos seres humanos, nao seria um rato, seria um "nós". Por que desprezar um ser que é apenas aquilo que foi designado a ser?
A jovem Pensava...
Suas leituras eram nada convencionais. Não conseguia entender qual o objetivo das leituras de revistas em quadrinho. A melhor forma que tinha de esclarecer ou explicar a leitura era ler Sartre.
O rato levantara a cabeça e parecia olhar firme e continuamente para a moça - que não se incomodava nenhum um pouco com as manchas vermelhas que o sol desenvolvia em sua pele, parecia até gostar de ter uma cor normal- o rato a assustara levemente. Como um rato poderia fixar um olhar naquilo que nao era alimento?! Se a olhavam, retratavam estranheza e ojeriza, a nao ser para um fim: o de pedir explicaçoes sobre as subjetividades contidas em alguma literatura. O que explicar,se tudo estava entrelinhas? Mas Ela conseguia fazer os seres incompletos de sentidos, entender o que de mais sentido havia nas letras, porque ela era o sentido das coisas que só ela sabia enxergar: A diferença e a impotência de conceituar o que não precisava por ser um pouco demais diferente. Isso trazia surpresas e admirações dos ratos insensíveis.