Prólogo

   Este pequeno conto é baseado no Estatuto do Desarmamento. Qualquer semelhança, não será mera coincidência, pois os bandidos, os traficantes, os assassinos e párias; da nossa sociedade, são: em sua grande maioria, muito inteligentes e idiotas são aqueles que, por acharem o contrario, ainda tornam-se suas vitimas passivas. 
Ladrões Denunciam a Vitima
     João e Carmem, eram um casal feliz. Haviam completado dois anos de matrimonio. Moravam à beira do rio. Tinham uma vida estável e, uma pequena empresa familiar, muito conceituada na cidade . Carmem, grávida, estava no sétimo mês, e sentia-se muito grata, a Deus, pela vida que levava. Após a jornada de trabalho, havia ido fazer uns exames de rotina e João, como de costume, era o seu motorista. Os resultados não podiam ser melhores... As palavras do médico idem.
     A chegada em casa, foi o ponto dissonante, pois além de ser um pouco mais tarde do que o costumeiro, ainda notaram que havia algo de anormal: a porteira que dava acesso ao rio, estava aberta e um pequeno barco se encontrava amarrado ao calão maior, do pequeno ancoradouro. As luzes do sobrado estavam acesas e podia ser visto o movimento de duas ou mais pessoas no interior da casa, pelas sombras projetadas na janela do quarto . João, acostumado com invasões de sua casa na colônia, sempre tinha uma arma escondida em cada piso da casa e no próprio carro. Com todo o cuidado retirou a sua 380 Millenium; o pente reserva estava junto no ressalto do banco traseiro e pediu que Carmem se escondesse e liga-se para o 190, pois não tinha idéia do que viria pela frente. Entrincheirou-se no largo pilar do alpendre e quando viu os três invasores saírem carregados com vários bens de sua propriedade, entre roupas e eletrodomésticos, gritou-lhes para que parassem. A resposta foi uma rajada de tiros em sua direção, que por muita sorte não o acertaram, por estar bem protegido atrás do pilar. Respondeu aos tiros e ouviu os gemidos quase simultâneos, pois havia acertado um deles na panturrilha e o outro na coxa, próximo ao quadril. O terceiro elemento jogou o que tinha nas mãos e atirando-se no barco, fugiu do local rio abaixo.
 Resumindo a historia: João, foi preso por porte ilegal de arma, teve que pagar as custas dos medicamentos e a hospitalização dos dois marginais feridos. Vendeu o carro para pagar a fiança e o advogado,e ainda passou a receber ameaças pelo telefone. Carmem, que por muito pouco, não foi atingida pelos tiros dos marginais, quase perdeu o filho. O trauma familiar foi tanto, e a insegurança, que: João e Carmem venderam a casa, fecharam a empresa e mudaram-se para o Uruguai. Mas o pior de tudo não foi ter respondido processo, foi ver o deboche dos dois marginais, que: Sentados no mesmo barco do assalto praticado, presenciaram sua casa ser revistada pela policia à procura de outras armas. Armas estas, que eles mesmo haviam, na maior cara de pau: denunciado!!!   
 
                   
Como disse meu amigo-irmão Euripedes Barbosa : Socorro, quero meu pais e minha tranquilidade de volta!
Gildo G Oliveira
Enviado por Gildo G Oliveira em 15/06/2011
Código do texto: T3036859
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.