''  ZOLTAN  ''

          Kordu nasceu e cresceu no oriente, no médio, e um dia, quando estava com suas vinte e duas lindas primaveras, andava ele pela praia de cascalhos, estava descalço mas nem sentia as pedras afiadas  machucando seus pés e viu a garrafa toda cheia de ''cracas'' que o mar devolveu
 
           O mar devolve tudo o que não lhe pertence, pode passar mil anos, um dia ele devolve na praia aquilo que um dia ele, o mar, guloso enguliu...e neste dia foi a garrafa que Kordu viu, viu, olhou, ficou olhando, abaixou mas não tocou e seus olhos de águia viram, mais percebeu do que viu, havia fumaça dentro da garrafa....

           E Kordu ficou olhando, olhando, deitou de barriga no chão e viu quando uma minuscula mão abria a fumaça como uma cortina e quando ''aquilo'' que estava dentro da garrafa viu que ele viu, recolheu rapida e rasteira a mão...agora Kordu sabia, era uma garrafa que dentro continha um gênio...apanhou a garrafa, sentou e ficou olhando detalhes por detalhes que a garrafa continha..e a fumaça la' dentro mais e mais se agitando...

            E Kordu não teve pressa, fechou os olhos e mentalizava dentro da garrafa, sentiu uma pontada forte na cabeça e logo depois ouviu uma voz, no começo baixa, depois foi aumentando e esta voz dizia...''abre, abre a garrafa menino, abre e eu lhe darei tudo, farei tudo que quiseres, abre, abre e verás do que sou capaz...abre''...

             Kordu abriu foi os olhos e afastou-o da garrafa, se desmentalizou totalmente e viu que a fumaça se agitava mais e mais...e ele viu que a garrafa tinha cêra tampando o que estivesse fechando por baixo o gargalo da garrafa...

              Foi para casa, se escondeu e limpou toda a craca que havia no vidro da garafa sem abri-la e sem pressa...deixou o vidro como novo e a tampa limpa e intacta...escondeu e foi dormir.

              E no seu sono tranquilo sonhou com tudo isto e que o gênio lhe pedia...''abre...abre..'' e ele não abria e o gênio tudo lhe prometia...ele tinha que achar um jeito do gênio se '' amarrar'' nas suas promessas...gênios de lampadas, garrafas, são matreiros, arteiros, espertos...tudo prometem, nada cumprem, te enganam ,e ladinos, papeiros, te comprometem..voce tem que ter cuidado para com eles lidar..ser mais esperto que eles..se conseguir.

              Acordou e foi a garrafa procurar, achou e ficou olhando e o gênio louco tudo prometendo, queria sair 'a todo custo...e Kordu ouvindo tudo e mentalmente com o gênio conversando, queria saber coisas e coisas da vida do gênio, o gênio tudo respondia e Kordu sabia, tinha aprendido que se um gênio fosse casado com uma gênia e tivessem filhos, ele, o gênio teria que provar para seu novo ''mestre'' que estes filhos eram dele com cem por cento de certeza..e Kordu soube tudo isto e foi nisto que ele amarrou a promessa do gênio

          Eu abro a garrafa se voce me prometer isto, que vamos juntos um dia qualquer saber  se realmente os filhos que tem são realmente seus ou de outro gênio qualquer , mas eu determino dia e hora e lugar disto, enquanto isto eu serei seu mestre e senhor, em tudo voce me obedecera' e no dia que eu quiser fazer isto eu farei, combinado?

            O gênio, coitado, desesperado, aceitou, aceitaria qualquer coisa para sair da garrafa onde estava mais de dois mil anos e agora de feliz que estava dizia seu nome...Zoltan, um criado `as suas ordens...e Kordu foi tirando a cêra que tampava o gargalo da garrafa, embaixo havia uma rolha tapando forte a entrada do gargalo e Kordu enfiava um pequeno pedaço de ferro afiado e retorcido e foi tirando a rolha bem devagar...tirou

             Nada aconteceu....Kordu esperou e viu uma pequeno filete de fumaça multicolorida saindo...saindo, e a fumaça foi se avolumando, crescendo, crescendo, subindo, subindo e retornando e envolvendo Kordu e a garrafa ...
 
             Kordu ouviu uma risada gostosa, feminina, pura e cristalina e viu no meio da fumaça um gênia , linda, divina que ria e se divertia e um gênio foi aparecendo e mais pequenos gênios e gênias, crianças , que tambem riam e se divertiam, corriam agora pela praia, gritavam, brincavam e a gênia se apresentado..

             Prazer meu mestre, uma gênia 'as suas ordens...sou Zoltan e este e' meu marido Sultan e os meus filhos legitimos...Zaira, Zein, Zoin, Zuim e Zumm....e tem tambem Toim Toim e Toc Toc, que estão aqui dentro de mim...nascem daqui a pouco, ja' ja' estarão por aqui...são meus filhos legitimos, meu e de meu marido Sultan,satisfeito?

             Podemos ir embora agora?

             Kordu apenas balançou a cabeça que sim

             Ficou com a garrafa vasia na mão e viu a linda familia de gênios, espertos, matreiros, raposa não seria mais esperto que eles, e eles sumindo felizes, alegres na distancia...e a gênia ria a mais não poder...kakakakaka fazia o som das gargalhadas da linda gênia...e foi ficando mais fraco, mais e mais ate' o som sumir de vez e Kordu ficou vendo navios ao longe, ficou sem nada...nadica!!!...nadica não, ficou com a garrafa, vasia, na mão...ohohohohoh!!!

             Tentou ser esperto...a gênia foi mais.

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AMELIA BELLA
Enviado por AMELIA BELLA em 31/05/2011
Código do texto: T3005460
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