MAcLULA
Cena I
No avião presidencial.
(Cheio de si depois da vitória)
MAcULA
Meus companheiros não cessem o alvoroço,
À luta! À vitória depois de tanto esforço.
Somos estrelas e temos raíz.
Ninguém nunca mais nesse país,
Pisará na goela de um pobre,
Ou irá dizer que ele não é nobre.
Para que confiar na imprensa?
Ela nos faz uma guerra intensa.
Com os repórteres devemos lutar com furor,
São tucanos, são direitistas com grande pendor.
Leiam os jornais e vejam como me mastigam,
Zombam de mim e me fustigam.
Companheiro avante com a lança,
Não recue, com um pontapé avança.
Eles tem papel,câmeras e palavras duras,
Mas temos nossos sacos de amarguras.
Abram-nos.
Inicie as manobras de ruas,
Açoite os repórteres,
Intimide-os com ameaças de mortes.
Já conquistamos o poder.