JUVENTUDE E PENSAMENTO

JUVENTUDE E PENSAMENTO

O meu pensamento, em menos de um centésimo de segundo, vai de 4.100 a. C. a glória da incrível memória, até 2020 d. C.. Ninguém conhece o futuro; será mesmo?

Logo estamos todos dentro dele (do pensamento no futuro). Afogando em água salgada, a sopa primeva do nascimento da vida.

Na realidade estamos com a boca cheia de dentes de porcelana (dentadura) esperando a ditadora chegar (a velhice).

A família dela (juventude transviada) é composta de marido e duas filhas (tempo, luxúria e irresponsabilidade); os quais ela teme. Fora de casa ela é amiga e dama; já dentro dos seus domínios é outra pessoa. Dupla personalidade?

Hora do almoço. Dentadura pronta. O arroz, feijão e bife esperam. Qual o que, ela toma é papinha! A infeliz não consegue engolir o que sua dentadura tritura (nossa vida!). Cospe tudo no chão.

No ápice do ato de fazer amor, engolfados um no outro (juventude e pensamento), nem pensavam na cirúrgica de próstata que ele tinha que ser submetido.

Quando mais compenetrados da seriedade da operação; mais ficavam cabisbaixos e a contragosto reprimiam os desejos e esqueciam a lasciva que haviam passado há pouco. Principalmente o pensamento que se sentia um monstro que só pensava no prazer de usar o falo e ter orgasmos múltiplos.

Na sua frigidez latente a juventude saía pela cotangente, com uma dor de cabeça pertinente; o que gerava uma beligerância inerente.

E o tempo seguia adiante. Já chegando em Maracangaia.

(agosto/2010)

Aleixenko
Enviado por Aleixenko em 28/02/2011
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