OS OPOSTOS

OS OPOSTOS

De repente na calmaria da noite de Gorobixaba uma discussão:

- Fora daqui, Doidivânio! Você não pode ver televisão. Já que não ajuda pagar a conta da energia.

- Só estou aqui porque você também está. Não posso ficar de olhos fechados por que não posso ver televisão.

- Então sai da sala.

- Saio não. Se você quiser pode desligar.

- Desligo não. Pois eu quero ver, mas você não pode ver. Vamos saia!

- Saio não!

- Sai!

- Não!

O insólito diálogo era travado entre dois moradores do mesmo barraco. Haviam acordado que um pagava a conta do consumo de água por que gostava de tomar banho; e, o outro pagava a conta de consumo de energia elétrica por que gostava de assistir televisão.

Normalysson ficava pê da vida com Doidivânio; e, com razão, pois ele Normalysson era quem pagava a energia, portanto só ele podia usar. Que ele, Doidivânio tomasse quantos banhos quisesse; uma vez que ele, Normalysson nem de água gostava. A bem da verdade ele gostava era de loira gelada. Se num botequinho com mesa de sinuca, então...

Normalysson jogava sinuca e também tocava gaita.

Lá vinha Doidivânio:

- Todo tocador de gaita sabe jogar sinuca?

Resfolegava para descansar. Ainda bem que o jogo acaba aproximando os homens. Quando não piora e leva aos finalmentes. Tiros, facadas, tacadas, murros... e morte!

(Fevereiro/2011)

Aleixenko
Enviado por Aleixenko em 04/02/2011
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