QUALQUER COISA RASTEJAVA . . .
Qualquer coisa rastejou sob o tapete da sala. Margarida olhou distraída para o movimento e não se deteve no compartimento. Ouvia o chamamento do filho no andar superior e para lá se dirigiu.
O menino estava na sua caminha de grades e chorava apontando para a parede. Margarida olhou e nada viu que lhe chamasse a atenção mas a criança era pequena de mais para que pudesse explicar qualquer coisa para além do choro e a mãozita apontando.
Na sala, qualquer coisa rastejava sob o tapete.
A mãe pegou no filho tentando acalmá-lo mas cada vez mais alto ele chorava. O choro passou a gritos aflitivos e ela embalou-o de encontro ao ombro onde ele escondeu a carita naquele choro aflitivo.
Pensou que levando-o até ao jardim ele se acalmasse pois era onde ele mais gostava de brincar em dias de sol. Desceu a escada e foi pelo corredor em direcção à porta que dava para ele, passou em frente da sala e não viu que qualquer coisa continuava a rastejar sob o tapete da sala e nesse momento o menino gritou mais alto ainda.
A tarde estava estupenda, luminosa. As flores primaveris estavam abertas e espalhavam-se ao acaso pela relva. O jardim fora preparado para se parecer como se fosse tudo ao acaso. Fora um trabalho do seu marido, o último antes de ter desaparecido na grande derrocada da montanha no Inverno anterior.
Margarida, com o filho ao colo, sentou-se no baloiço com o intuito de ali o embalar. Não reparou que pelos degraus da entrada de casa qualquer coisa rastejava.
O pequeno, ao invés de se acalmar, mais e mais gritava e se debatia nos braços da sua mãe. Ela estranhou o choro da criança que normalmente era calma e tranquila. Febre não tinha...
Baloiçava-se com a criança apertada de encontro a si e não reparou que qualquer coisa rastejante se aproximou deles por trás e os engoliu num ápice.
No jardim ficou o baloiço a rodopiar e na sala, qualquer coisa voltou a rastejar sob o tapete...
Beijinhos,
Qualquer coisa rastejou sob o tapete da sala. Margarida olhou distraída para o movimento e não se deteve no compartimento. Ouvia o chamamento do filho no andar superior e para lá se dirigiu.
O menino estava na sua caminha de grades e chorava apontando para a parede. Margarida olhou e nada viu que lhe chamasse a atenção mas a criança era pequena de mais para que pudesse explicar qualquer coisa para além do choro e a mãozita apontando.
Na sala, qualquer coisa rastejava sob o tapete.
A mãe pegou no filho tentando acalmá-lo mas cada vez mais alto ele chorava. O choro passou a gritos aflitivos e ela embalou-o de encontro ao ombro onde ele escondeu a carita naquele choro aflitivo.
Pensou que levando-o até ao jardim ele se acalmasse pois era onde ele mais gostava de brincar em dias de sol. Desceu a escada e foi pelo corredor em direcção à porta que dava para ele, passou em frente da sala e não viu que qualquer coisa continuava a rastejar sob o tapete da sala e nesse momento o menino gritou mais alto ainda.
A tarde estava estupenda, luminosa. As flores primaveris estavam abertas e espalhavam-se ao acaso pela relva. O jardim fora preparado para se parecer como se fosse tudo ao acaso. Fora um trabalho do seu marido, o último antes de ter desaparecido na grande derrocada da montanha no Inverno anterior.
Margarida, com o filho ao colo, sentou-se no baloiço com o intuito de ali o embalar. Não reparou que pelos degraus da entrada de casa qualquer coisa rastejava.
O pequeno, ao invés de se acalmar, mais e mais gritava e se debatia nos braços da sua mãe. Ela estranhou o choro da criança que normalmente era calma e tranquila. Febre não tinha...
Baloiçava-se com a criança apertada de encontro a si e não reparou que qualquer coisa rastejante se aproximou deles por trás e os engoliu num ápice.
No jardim ficou o baloiço a rodopiar e na sala, qualquer coisa voltou a rastejar sob o tapete...
Beijinhos,