A RAINHA DE GOROBIXABA
A RAINHA DE GOROBIXABA
Gorobixaba é o único lugar no mundo que o tempo não existe tão pouco a lógica.
A rainha do Reino de Gorobixaba é filha de um quase rei, e da ex-rainha DOIDIVÂNIA.
Ela recebeu uma educação privilegiada para os padrões da época. Contudo, teve sua infância marcada por constantes abusos sexuais, onde seduzia e estuprava qualquer macho, animal, mineral ou vegetal. Não é que tinha desvios de comportamento, não! Apenas tomava banho excessivamente em paz!
Seu pai foi deposto do quase trono, e para sobreviver consegue um emprego de proxaneta na zona rural. Porém, já não é mais possível manter o padrão de vida da família, e a mãe se separa do marido para viver com um macaco guariba, apresentador de programa de televisão na rede globo, na republiqueta do Brasil. Nada na sequência destes acontecimentos dava margem à comprovação de que seus vários namorados eram bichas enrustidos, seviciados por ela.
Num dia errado, na hora errada, ela foge de casa. Leva na bolsa um dildo (25 X 10), lubrificado, pílulas anticoncepcionais, uma metralhadora UZI, municiada e umas mentiras para contar para qualquer otário que atravessasse no seu caminho. Sem destino, passa os dias sempre no PUMUGO – Puteiro Municipal de Gorobixaba. Começa a beber, diretamente no gargalho e/ou da lata; e também passa a fumar maconha e derivados. Agora seu caminho está sempre cheio de garrafas e guimbas de cigarros.
Também foi nesta época que começou a usar blusa de couro, saia de plástico, sem calcinha. Capacete de EPI como chapéu e sandálias havaianas amarelas. Comprou, por Gx30,00 (trinta goxas), uma carteira de identidade, com idade adulterada e um nome falso.
Por diversão e para desmoralizar as instituições de segurança pública, passa a roubar triciclos. No que a polícia colabora desde que tenha a percentagem exata na venda dos produtos roubados.
Sem mais nem porque ela briga com um pastor, não sabia que ele era alemão; ficou toda mordida, e morreu sete vezes, tentando entrar no paraíso, mas ninguém sabia de nada. Por isso, e por se tornar símbolo sexual, sua história ficou conhecida no guinnes book: como a mulher que beijou treze milhões de camelos, os quais passaram pelo fundo de uma agulha.
Ao ressuscitar adotou um filho, ao qual deu o nome de DOIDIVÂNIO (em homenagem à avó); e, este, anos mais tarde veio a assassinar o pai. Isto não vem ao caos!
Ainda assim os gorobixabenses acreditam que se sua rainha venerar o trono, da sua terra um dia brotará cachaça e mel.
(janeiro/2010)