Quero viver e morrer
Chegando ao abismo de um merecido lugar, que reflito.
Esse é o maior dos abismos do homem acredito. Ficar sem suas idéias difundidas semeadas ou questionadas, indica todo o vazio que cresce no absolutismo de uma força, que se alimenta da solidão.
E para isso rouba toda a sua vida, em troca de outra. Sempre é noite, sempre tenho medo, sempre estou comigo, e comigo, e comigo para todo sempre.
Reflito então, sob o poder que me leva para construir um texto, que possivelmente pode ser usado pelos que buscam essa face obscura e iluminada do terno que não temos, do valoroso que não vale, da esperança que renasce, dos carvalhos da minha face, vomito o que procuro e o que procuro me parece sempre ser o nada. vejo que minhas palavras não substituem um olhar, um sentir, um cheirar, um paladar, uma canção, um pudor, nada.. Só as faz criar vida, numa questão de alcance absoluto do êxtase de todos elementos respirando o ar que torna a cair redondo ou escroto.
A vaidade tanto buscada, desde a criação do outro, me tornou amante da conquista, conquista que me leva ao escárnio da loucura que tende a pertubar minha paciência que se confunde com meu amor.
Nem sempre os versos fazem sentido, e a dúvida não existe, estou fechado em meio a certezas, duvidando do meu eu, e morrendo no meu tudo.
Confesso, sou vaidoso da gula que estrangula meus dias e não me deixa ver onde estou, quero sentar para escrever, quero crer para ver, quero me alimentar pra ficar, quero pensar pra existir, quero chegar pra vencer, quero morrer pra saber, quero entender pra viver, quero saber pra vomitar, quero cansar para sentar, quero acordar e amar, quero viver e morrer...