A noite de natal
Nesse manto frio da brisa da noite que cobre meu corpo, sinto a falta do seu calor!
Neste cobertor insosso que me agarro para afastar esse frio que me consome sinto seu perfume e seu cheiro, me fazendo apenas querer-te ainda mais, pensar em ti ainda com maior vigor!
Querer ter-te pra mim e a mim só para sempre, assim como sou seu e seu só!
Na escuridão da noite calada vejo ainda o brilho vivido de seus olhos e o sussurro de sua voz ao dizer "te amo" de forma tao meiga, carinhosa, num potencial que talvez nunca alcançarei, mas que sei ser sincero como as minhas palavras a ti!
No burro conhecimento de tantos livros ao meu redor, falta ao acalanto das palavras o afago do seu abraco!
Nesta vida sem sentido a não ser o único inerente a concepção de cada um, só vejo similaridade ao real em meus sonhos contigo!
A loucura dessa saudade acho apenas a razão da lembrança!
Nesta distancia que aumenta a perfeição da dor e da física clássica, falta-me o conforto do sentimento de te ter em meu coração!
A todos que tememos o tempo e o esquecimento, encontro no limiar da razão o sentimento perpetuo de algo que não se esvai em meras quantificações temporais!
A inercia e a inerência humana apagam o que nosso coração grita e diz espernear pelo que mais prezamos...a felicidade.
Nas palavras escapa-me o significado perfeito do que dizer-te, me falta a capacidade de fazer-te transcender em vista do coração e sentimentos que sinto!
Por que não para de pensar em você? Por que meus esforços para não sofrer de nada adiantam ao seu lado? Por que te amo tanto assim?
A feição e os trejeitos dessa perfeição em cada característica humana apenas tornam Afrodite, Eco e Narciso pautas de historia, o nascimento de um novo conceito de felicidade, amor, compaixão e compreensão.
A confiança de mim se esvai, já não posso mais confiar no que sinto, só posso e só sei confiar em você!
Por diversas vezes me escapam palavras de sérios discursos e só o som de seu nome me vem a mente, quente, lucido, vivo, perfeito...
Um sussurro inaudível na multidão, forte no interior, perfeito na imensidão do tempo!
As migalhas de rochas que se tem a areia mostra a forca do tempo, mas em minha concepção, sou seu mar, espelhado no azul do meu céu, em sua grandeza, perfeição...seu azul forte durante o dia e claro durante a noite, iluminado pela lua tendo assim seu brilho próprio!
Sem você, meu céu, não existe nem tem razão a carruagem de apolo nas mudanças do dia e da noite!
Tudo e o nada se tangem e se tocam no intervalo de um beijo seu!
Sua plenitude de tomar-me a alma e o presente, num paradigma tao curto a ponto de cada batida de corações tao juntos tornarem-se um apenas!
E mesmo assim o infinito se torna finito, e o beijo se esvai, dando luz a realidade da partida e o inicio da saudade já esquecida!
Lembrada por duros momentos...
Lembrada a cada folego...
Causa de definhar a cada sussurro da voz de meu coração!
Por quanto tempo irei padecer assim? Pela eternidade...o amor não morre com o tempo, não esvai, não cai como a areia da ampulheta sem sentido!
Os pássaros noturnos em seus cantos tristes apenas mostram o que quero esquecer...esquecer ate o momento de te encontrar e a felicidade retomar...
Retomar a felicidade, as cores do mundo, o calor aconchegante do abraco, o desejo dos seus beijos, a plenitude do amor, o exaurir da saudade e da solidão!
Presente, amor, paixão, confiança, você!
Só você!
E nada mais em meu coração!