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Pararam por um instante e quase tocaram o chocalho da moréia que sofria pelo atrevido que batia em suas hastes, até que as duas esferas plásticas de vidro faliram juntas; a do casal escorreu harmoniosa, enquanto a outra escorregou como um pas-de-deux no viaduto esverdeado, porém ambas sentiram o chão gélido e mascavo da sala de espera.
Sabiam que tudo não era um sonho morfélico; ingressaram-se no trem sem bilhete e, por osmose, viram-se de forma nostálgica: Sei se o que sou o que sou não serei mais do que sempre fui. O estampido daquele vagão branco – não que seja em trilhos – ecoou pela sala de espera e pela plataforma.
O relógio cravou em pirouette quando o sorrateiro casal mergulhou a sala em lástimas; um dos, fadado, acabara de encontrar uma bomba.