O palestrante.

E lá ia ele todo sisudo, com os olhos cansados de noites a fio sem dormir as ditas oito horas necessarias de sono, mas alegre pois está indo para o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista executar a tarefa que mais o deixava em êxtase: Palestrar.

Chegava faltando quinze minutos para o início da palestra e isso era sagrado, não deixava nunca de repassar seus escritos, e depois pronto! ele se colocava em frente ao pubito para explanar as mais fecundas histórias reais e irreais do mundo social e humano.

E realmente era "show de bola" tipo de expressão inclusive que Astolfo não gostava de usar em hipótese alguma, nem quando escrevia crônicas cotidianas, outro oficio seu bem exercido.

Um dia o palestrante inveterado, saiu de casa em seu fusca ano :1967 - cor amarela, todo bem cuidado, lavado sempre aos sábados ás 8 h em ponto, exceto se chovesse, e foi direto para uma biblioteca pública e popular no bairro de Copacabana, para explanar sobre a língua tupi no Brasil...

Foi quando seu lindo e estimado fusca, que quase falava, sofreu um choque por parte de um escort - ano 1987, só que este veículo nem pensava em estar no mesmo patamar do fusca de Afonso, que quase falava...e foi um Deus-nos-acuda, pois o proprietário do Escort, já saiu do carro com dois revólveres nas mãos...

continua amanhã.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 14/11/2010
Código do texto: T2614326
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