OLHOS QUE VEEM

Parece conto de fadas, ou bruxos

Mas os olhos que vêem

Minuciosos

Meticulosos do desprazer da verdade

Lançam em uma maldição

O dissabor de todos e de cada um

Doença árdua que me vê e me consome

Lutar contra quem

Se os demais já foram corroídos pelo meticuloso

E seus dizeres se concretizaram

Se firmaram

Como doença marcada na pele e na alma

Alma!

Alma maldita

Que não me serve de Alicerce

Que é fraca

Mal dita

Mal feita

Mal vista

Luz!

Só se for a das trevas

Ou a luz que busca o perdido

Luz desprezível

Autora

Teresa Cristina Kobayashi

31/03/2004