Coração Inocente
Meus braços estão estendidos,
Minhas mãos estão abertas,
No peito o coração bate,
Bate descompassado
Nas horas incertas.
Não há ninguém,
Estou só,
Só o vento me bate,
Acariciando meu rosto,
Fazendo companhia.
Minhas mãos de fecham,
Meus braços se abaixam.
Uma febre me consome,
Meu corpo grita por amor,
É a febre da paixão.
Que vontade de estar nos braços da amada!
Tenho sede,
Tenho fome,
Meus olhos miram o infinito escuro,
Brilham na intensidade da paixão.
Penso sair correndo,
E saciar a sede da paixão.
Aplacando a fome de amor.
Fecho os olhos,
Visualizo a mulher amada,
Nun devaneio psíquico.
Lanço-me em teus braços,
E beijo.
E estremeço de delírio.
Tento beijá-la,
Meus lábios não a tocam.
Tento abraçá-la,
Meus braços se perdem no ar.
Abro os olhos,
Estou só.
Olho novamente o infinito,
E fico triste.
A sede não foi saciada,
A fome continua,
A febre me consome.
O meu rosto o vento acaricia,
Onde está a musa?
Onde está a flor?
Levanto os braços,
Abro as mãos
E disperso a solidão.
Jacy Bastos