Coração Inocente

Meus braços estão estendidos,

Minhas mãos estão abertas,

No peito o coração bate,

Bate descompassado

Nas horas incertas.

Não há ninguém,

Estou só,

Só o vento me bate,

Acariciando meu rosto,

Fazendo companhia.

Minhas mãos de fecham,

Meus braços se abaixam.

Uma febre me consome,

Meu corpo grita por amor,

É a febre da paixão.

Que vontade de estar nos braços da amada!

Tenho sede,

Tenho fome,

Meus olhos miram o infinito escuro,

Brilham na intensidade da paixão.

Penso sair correndo,

E saciar a sede da paixão.

Aplacando a fome de amor.

Fecho os olhos,

Visualizo a mulher amada,

Nun devaneio psíquico.

Lanço-me em teus braços,

E beijo.

E estremeço de delírio.

Tento beijá-la,

Meus lábios não a tocam.

Tento abraçá-la,

Meus braços se perdem no ar.

Abro os olhos,

Estou só.

Olho novamente o infinito,

E fico triste.

A sede não foi saciada,

A fome continua,

A febre me consome.

O meu rosto o vento acaricia,

Onde está a musa?

Onde está a flor?

Levanto os braços,

Abro as mãos

E disperso a solidão.

Jacy Bastos

JACY BASTOS
Enviado por JACY BASTOS em 04/10/2006
Código do texto: T256379