O Escapista

Desde outrora, a humanidade se furta da realidade, criando, subterfúgios sociais ou artifícios químicos. Na tentativa de diminuir as crises de consciência ou amenizar as dores da realidade social existencial. Confinados temporariamente à menor cela existente, condenados a sofrerem todas as intempéries terrenas, privações morais e dissabores mundanos.

Muitos de nós procuramos conforto em meios ilícitos, ou quem sabe até, substâncias legais e inebriantes, que entorpecem a mente relaxam o corpo e confortam o coração.

Por outro lado, alguns, buscam desinteressadamente o julgo leve, da cultura e os talentos da escrita, leitura ou outros dons artísticos. O fato, é que, tentamos a todo custo, vencer a clausura do corpo físico, ocupando a mente, ainda que de maneira fugaz ou falaciosa.

Desvencilhamos das tormentas internas, ainda que, momentaneamente em lapsos temporais, onde em introspecção, encontrarmos momentos de calmaria espiritual. Pois a realidade, sempre foi e sempre será, tema social de constante tergiversação popular.

Não se enganem o Escapismo não consiste num devaneio utópico, tampouco, se trata de alguma ciência esotérica, transcendência místico-metafísica ou “coisa do tipo”!

Embora muitos orientais, diríamos, com certa inclinação, e até ocidentais, mais afoitos, procurem desesperadamente por guarida, nas ciências ocultas, palavras de encantamento, mantras, poções mágicas e coisas do gênero.

O Escapista jamais pretendeu dominar técnicas insólitas, nem desvendar o inimaginável, nem tampouco ostenta encontrar os segredos do ocultismo, esses enigmas nunca o perturbaram, pois sempre soube muito bem, que, traz dentro de si, todos os segredos do universo.

Faz uso de um bem maior, ou seja, a satisfação de viver bem, e em paz consigo mesmo, não tem interesse algum em provar nada a ninguém, pois é dono de suas vontades e senhor de seu destino.