Escolha (se não é tudo, é pouco)

Uma escolha. Era tudo o que ela precisava fazer. Uma simples escolha. É, não era tão simples assim. Ela tinha duas opções. Mas escolher uma significaria renegar completamente a outra. E isso ela não queria fazer. Queria as duas e não uma só. Para ela, o que não é tudo é sempre pouco. Não queria escolher. Não precisava escolher. Quem ousaria dizer que precisava?

E resolveu, então, que não iria fazer escolha alguma. O que ela nem percebeu foi que não escolher já era uma escolha em si. E ela escolheu a si mesma.

Escrito em 18/02/2010.