O Ritual DAS 7 PORTAS E 7 CHAVES
Enquanto dormia minha guardiã veio ao meu leito e levou-me em espírito a um templo que eu desconhecia.
Quando chegamos, colocou-me no centro de um símbolo hexagonal desenhado dentro de um circulo da nave celestial, cujas linhas eram de um lilás muito brilhante.
Observei aquele lindo local. Era enorme e suas paredes muito altas. Haviam colunas decoradas com outros símbolos que eu desconhecia.
Permaneci ali por alguns instantes.
Em seguidas surgiram 7 espíritos trajando túnicas amarelas e ficaram no limite do circulo. Eles então deram 7 voltas no sentido horário em torno do símbolo. Quando acabaram desapareceram por entre as paredes do templo celestial.
Um outro ser espiritual surgiu mais adiante ao lado de minha guardiã. Caminharam em minha direção. Ela trazia um fogo flamejante em suas mãos que passou para mim e ele trazia 7 chaves que entregou-me com muito cuidado.
O fogo flamejante não possuía calor e sua luz não fazia sombras. Seu brilho era de um intenso azul.
As chaves pesavam menos que plumas e todas eram de metal escuro com decorações em relevo.
Depois eles se afastaram e não os vi mais. Nem sei como sumiram dali.
Em seguida uma voz vindo do altar principal se fez ouvir.
- Engole as 7 chaves e a seguir o fogo que está em tuas mãos.
Sem hesitação fiz o que me foi pedido e nada senti.
Minha guardiã estava de volta. Trazia uma bandeja de prata e sobre ela um pergaminho enrolado. Tomei o pergaminho nas mãos e o desenrolei.
Havia um longo texto escrito em sânscritos numa caligrafia gótica feita a mão. Iniciava falando do templo de Karnak e da sacerdotisa, hoje minha guardiã e guia espiritual.
Falava ainda de meus karmas destas e de outras vidas. Falava das 7 etapas desta minha vida e dos filhos que não eram karmas, dos filhos que eram karmas e dos karmas que com eles assumi.
Lia ainda outras anotações e tive delas recordações.
Quando terminei meu mestre se aproximou trazendo uma jarra de cristal com água. Pediu que me curvasse e despejou a água sobre minha cabeça enquanto falava palavras que não entendi. Pelo templo ecoavam entonações vocálicas de Ra-Ma e Aum.
Então ele falou:
- “Agora que foste batizado com o nome (que não me é permitido revelar) terás o dom da palavra e profecias e delas somente falarás se te for assim permitido”.
“Não toque na carne que não te pertencer, mesmo que ela te seja doada. Beberás do vinho uma vez a cada lua. Do pão comerás e da tua parte deverá doar a quinta parte a quem de direito tu eleger”.
“Das almas que a ti juntastes nunca as tocarás e nem negarás ajuda espiritual. Se uma destas almas te pedirem em bodas para cumprir um karma, jamais faltarás a ela com a verdade e somente para ela viverás dando tua ajuda ao karma que ela terá. Depois ela te recompensará em espírito pelo teu feito”.
“Teu ultimo ciclo termina e no próximo toda tua família espiritual te cercará. Igual a ti virá mais seis famílias que se juntarão em 7. Assim seja e está escrito”.
“Que se cumpram as leis!”
Dito estas palavras meu mestre deixou-me. Veio minha guardiã e levou-me de volta.
Quando despertei me vi sentado em meu leito.
Olhei para as horas que marcam em meu relógio e vi que eram 04h00min.
Minha boca tinha um forte gosto de metal e meu peito queimava como fogo.
Bebi água e orei:
“Pai, Ó Deus de meu coração! Vim buscar verdades e encontrei a palavra”.
“A palavra que escutei tinha Teu Nome!”.
“Tu És a Verdade!”
Amem!
Paz Profunda.