O nascer das trevas...
“O Nascer Das Trevas...”
Outubro de 1977, Islândia, a terra do fogo. Uma noite incomum no modelo habitual daquele país.
Um corvo flutuava corvejando ao céu, no exato momento, parecia mais uma ave de ouro do que na realidade era. Banhava-se ao luar pouco comum naquela época do ano. Embora outono, onde na América do Sul, região tropical, precisamente no Brasil, as tardes noites são diferencialmente glamourosas.
A Islândia é diferente, curiosamente, vivenciar uma noite como a que viveu Stfany Nerjana.
Uma mulher jovem, 21 anos, corpo atraente, dona de um olhar intrigante, misterioso ao extremo, personalidade forte, dominadora por excelência.
Stfany, encontrava-se sentada em uma rocha milenar, hipinotizada pela energia exercida pela lua ao seu interior, seus pensamentos e desejos fluíam com naturalidade em seu semblante, sua veias tornavam-se visíveis, o coração parecia sair de dentro do peito, ao longe ouvia-se o ulular do lobo glacial, podia-se imaginar seu olhar faminto de energia, de stisfazer seu cio em plena lua cheia.
Isto causava-lhe arrepios e aos moradores próximos também.
Porém, Stefany sentia-se gélida em seus pensamentos, vagavam nas trilhas da excitação.
O sabor de sangue misturava-se ao vinho que degustava lentamente.
Era como se ritualizasse aquele preciso momento, raro em pleno inverno ártico.
Pairava no ar o clamor das trevas, parecia anunciar seu renascimento definitivo para toda a eternidade.
Não tardava a lua iria esconder-se entre as geleiras e o oceano, que por sua vez, demostrava seu contentamento, gozando de uma calmaria invejável.
A brisa suave soprava seu rosto palido, denunciando uma expectativa assustadora.
Aos poucos Stfany foi sendo possuída por uma sensação animal, a tensão aumentava, o corvo veio congratulá-la corvejando como se, anunciasse sua missão.
Os olhos da ave luziam como estrêlas, era hipinotizante.
Naquele exato instante sentia-se uma Succubus.
Às entranhas da jovem latejavam implorando desejos carnais tão profanos como nunca ela havia imaginado, era um desejo único e forte, o bastante para não conseguir ter controle dos seus atos.
Estava suplicando energia, a lua não bastava,
haveria de ser algo maior e mais próximo,
a força da energia viva!
Um Inccubus, era isso que necessitava, mas como?
O poder magnético do pensamento de Stfany passou a vasculhar a terra do fogo como se fosse o quintal da própria casa, tamanha a velocidade empreendida pelos seus anseios.
A jovem transcendia, não podia ser adiado, a noite não poderia partir antes de atingir o êxtase do renascimento.
O tempo parecia ter parado para Stfany.
Nada mais importava, aquele era o momento da sua sagração, a imortalidade e a revelação do poder da luz das trevas, estava sob sua responsabilidade à partir daquele instante.
“Há séculos antes de Cristo, a mulher e o homem, descobriram e comungavam o poder de transcender através do tempo.
Era a libertação do fogo da serpente, o sexo anal praticado pela mulher, liberava uma enzima que percorria a dorsal até o cérebro no qual fazia-o funcionar como uma máquina do tempo, os corpos eram dispensáveis, os cérebros e forças unificavam-se tornando-os indestrutíveis. Assistiam o futuro, o passado, influíam na vida das pessoas e da natureza como um todo.
Ao descobrirem esta força, a atenção dos regentes épicos chegaram a conclusão que tal poder haveria de ser dizimado:
“Um planeta onde homens e mulheres controlavam mentalmente todas as situações, isto tornaria impossível governar, dominar em proveito próprio.
Vieram as perseguições, difamações e o segredo foi vedado, poucos teriam acesso e seria extremamente restrito.
O mundo jamais poderia tomar conhecimento de tal poder.
Foram caçados, queimados, torturados e dizimados, criou-se um clãn para reter esta informação.
“Passou a ser coisa do demônio”
As mulheres eram desmoralizadas e desacreditada entre burgueses socializados pela corrupção e a ganância do poder.
Este clãn passou a ser conhecido como “IGREJA CATÓLICA” VATICANO, PAPA e por aí a fora.
Foi o maior banho de sangue que a humanidade já conheceu ou tomou conhecimento, bilhões de assassinatos em nome da hipocrisia, do segredo da luz!
Com a mulher satânizada, tudo ficou mais fácil, pois o poder é da mulher, no clero veio o celibato, o medo era e é maior que eles.
A submissão pelo terror veio vulgarizar, elas tornaram-se promíscuas, ao ponto de ignorarem seu próprio valor, forma e essência interior.
Mas... Felizmente, a luz que outrora tornara-se ameaça com o intúito de aniquilar sua existência sábia, passou a ser conhecida como “TREVAS” o medo era fiel para manter à vida, mas...
O poder voltou!”
Stfany estava por sagrar-se,
“Rainha Da Sabedoria!"
"Senhora Da Luz
DasTrevas.”
Há hora estava chegando, Stfany senti-se pronta, não sabia do seu destino, suas responsabilidades totais, o que ela viria a representar.
Stfany, escuta cada vez mais próximo o uivar do lobo, seu corpo todo fica arrepiado, o sabor de sangue aumenta em sua boca, repentinamente recebeu do nada uma rosa vermelhe e a beijou sensualmente, sua vontade de
sentir-se possuída aumentava drásticamente, estava quase desfalecendo quando subtamente surgiu em frente aos seus olhos o desejado inccubus, alto forte, alado, excessivamente energizado, envolto a uma luz intensa e desejosa porém mística.
Wofthortes, este era seu nome, tomou-a em braços e pôs-se a voar em direção a lua.
Chegaram à uma fonte natural, havia grama e um platô de pedra, parecia uma cama de casal, mas não era.
Ao pousar na lápide foram sucumbidos ao centro da terra.
O calor era muito forte, mas...
Stfany nada sentia, apenas paz interior no exato momento.
Do centro fervilhante da terra, abriu-se um portal,
do qual surgiu a luz, o poder, tudo para naquele exato instante.
O inccubus já estava totalmete nú e com um punhal de ouro em mãos.
Puxando Stfany pelo braço, envolveu-a em carícias,
“O Fogo Da Serpente”, foi liberado, foram horas de viajando transcendentalmente.
Ao retornarem ao portal, Wofthortes passa a faca ferozmente na garganta de Stfany.
O sangue jorra longe, alcança o portal, ele por sua vez, alimenta-se do mesmo com sede voraz, logo acabava, ele faz o mesmo ritual com o próprio pescoço.
O Sangue do inccubus jorrava ao portal, a luz intensificava-se assutadoramente, aproximava-se
de uma explosão sem precedentes, porém foi diminuindo, ele ainda meio que desfalecido assistia e sentia Stfany bebendo seu sangue e viva!
Não havia marcas nem muito menos cicatrizes.
Novamente a luz intensificava-se da mema forma, mas...
Desta vez diferente:
Uma voz ecoava ao vazio:
“Voces estão libertos!
As trevas reanasceram”
“Agora sagro-os Rei e Rainha da luz da sabedoria eterna, guardiões da verdade, catequisadores e reconstrutores do mundo que renascerá tal qual nunca deveria ter deixdo de ser, renascera à luz:
Sigam em frente, não se permitam derrotas, são detentores do poder maior do universo, resga-te-o, a imortalida e a fronteira do tempo para os Reis nunca existiram!
Somente adiada, ignorada e ocultada por muitos.
Cumpriram suas missões!”
“Após tudo, sabem agora que as trevas nunca existiram!
Só a luz”
“O lado negro da luz é a ganâcia despropositada pelo poder”
"Assim, o reinado da sabedoria renascia."
Ao chegarem novamente ao platô, uma chuva de pétalas de rosas vermelhas saudavam a realeza, ao longe a lua despedia-se, a missão estava cumprida, em parte, veio a presença do lobo, o corvo, a natureza contemplava uma nova era.
Uma nova era sem mentiras, ultrajes ou perseguições, agora era o trabalho de mudanças, tudo estava apenas começando!
O poder exerceria seus propósitos fiéis.
- Como?
- Vocês é que vão responder!
- A luz e a etrenidade são testemunhas...
- Vocês!
- Os juizes!
Boa noite!
O Melin Sombrio