ANTOLOGIA
CONTO/POESIA/ILUSTRAÇÃO
CONCURSO DE TALENTOS FANTASTICOS
CONTO SELECIONADO PARA A ANTOLOGIA
TALENTOS FANTASTICOS
… acabei por ir deitar-me.
3ª Parte
O BEIJO DA MORTE
Ainda lembrando-me das bofetadas e dos acontecimentos do dia, da morte do Ângelo, até que nem estava assim tão mal, fique em cima da cama a ver Tv. quando de repente vejo um vulto de mulher junto à porta sorrindo, não conseguia ver nitidamente mas dava para perceber que esta a sorrir, quando senti um formigueiro que se ia apoderando do meu corpo, deixando-me paralisado, as lágrimas corriam em cascata e sentia no quarto um frio de gelar. Isto manteve-se durante algum tempo até que o tal vulto se aproximou de mim como se fosse dar-me um beijo, olhei-a nos olhos, negros vazios, ausentes de luz, de meter medo até que fechei os meus, senti uma brisa gelada e perfumada, senti-me arrastado e em queda livre, senti as minhas entranhas chegarem a boca, fiquei quieto, atordoado, enjoado e só após algum tempo me atrevi abrir os olhos… nada apenas uma luz como se fosse um túnel, para qualquer lado que eu olhasse, ela estava sempre na minha frente.
– Joakim!
Ouvia eu uma voz feminina, que saia dessa luz acompanhada por um cão com uma cabeça na boca e… o Ângelo “chupadinho” de olhos esbugalhados e a sorrir também. Foi então que eu percebi que era a tal mulher loira de olhos azuis, só que aqui apenas a via, vinda do nada, apenas com um vestido encapuzado e de foice na mão! Era a morte.
– Ângelo que fazes aqui?
- Que faço eu? Estou a sonhar?
– Não estás nem cá nem lá, apenas um beijo pode-te salvar ou matar-te, a decisão é tua.
Isto é de doidos pensei eu, que raio de sonho, só faltava haver uma bilheteira com bilhetes para o céu e o inferno e não é que havia mesmo. Corri em direcção ao nada, fui arrastado sentia a podridão dos corpos, alguma coisa me agarrou, senti uma dor enorme, pois ferraram-me uns dentes na minha perna, ouvi os ossos estalarem, gritei com todas as forças que tinha, calei-me quando senti novamente outra bofetada.
– Joakim, acorda, acorda! Que se passa?
Abri os olhos, e vi a minha esposa com ar de preocupada.
- Que tens estás a delirar e coberto de gelo, Joakim vai tomar banho, cheiras a carne podre. Tomei um banho e contei tudo à minha esposa, ela contou-me que chegou a ouvir histórias antigas, de pessoas possessas de demónios, da morte que dá duas opções, usa a foice ou um beijo. Então ela pegou no telefone e fez uma chamada, minutos depois estava uma pessoa a bater á porta. Essa pessoa explicou-me que teria de ir aos locais onde morreram os meus colegas e esperar por alguém, seria contactado segundo ele por uma mulher e tudo indica que ela é a portadora da mensagem. Não me agradava nada aquilo, por tudo o que tinha já passado senti na pele no corpo e na alma tudo bem real. Ficou combinado que estaria no primeiro local.
CONTO/POESIA/ILUSTRAÇÃO
CONCURSO DE TALENTOS FANTASTICOS
CONTO SELECIONADO PARA A ANTOLOGIA
TALENTOS FANTASTICOS
… acabei por ir deitar-me.
3ª Parte
O BEIJO DA MORTE
Ainda lembrando-me das bofetadas e dos acontecimentos do dia, da morte do Ângelo, até que nem estava assim tão mal, fique em cima da cama a ver Tv. quando de repente vejo um vulto de mulher junto à porta sorrindo, não conseguia ver nitidamente mas dava para perceber que esta a sorrir, quando senti um formigueiro que se ia apoderando do meu corpo, deixando-me paralisado, as lágrimas corriam em cascata e sentia no quarto um frio de gelar. Isto manteve-se durante algum tempo até que o tal vulto se aproximou de mim como se fosse dar-me um beijo, olhei-a nos olhos, negros vazios, ausentes de luz, de meter medo até que fechei os meus, senti uma brisa gelada e perfumada, senti-me arrastado e em queda livre, senti as minhas entranhas chegarem a boca, fiquei quieto, atordoado, enjoado e só após algum tempo me atrevi abrir os olhos… nada apenas uma luz como se fosse um túnel, para qualquer lado que eu olhasse, ela estava sempre na minha frente.
– Joakim!
Ouvia eu uma voz feminina, que saia dessa luz acompanhada por um cão com uma cabeça na boca e… o Ângelo “chupadinho” de olhos esbugalhados e a sorrir também. Foi então que eu percebi que era a tal mulher loira de olhos azuis, só que aqui apenas a via, vinda do nada, apenas com um vestido encapuzado e de foice na mão! Era a morte.
– Ângelo que fazes aqui?
- Que faço eu? Estou a sonhar?
– Não estás nem cá nem lá, apenas um beijo pode-te salvar ou matar-te, a decisão é tua.
Isto é de doidos pensei eu, que raio de sonho, só faltava haver uma bilheteira com bilhetes para o céu e o inferno e não é que havia mesmo. Corri em direcção ao nada, fui arrastado sentia a podridão dos corpos, alguma coisa me agarrou, senti uma dor enorme, pois ferraram-me uns dentes na minha perna, ouvi os ossos estalarem, gritei com todas as forças que tinha, calei-me quando senti novamente outra bofetada.
– Joakim, acorda, acorda! Que se passa?
Abri os olhos, e vi a minha esposa com ar de preocupada.
- Que tens estás a delirar e coberto de gelo, Joakim vai tomar banho, cheiras a carne podre. Tomei um banho e contei tudo à minha esposa, ela contou-me que chegou a ouvir histórias antigas, de pessoas possessas de demónios, da morte que dá duas opções, usa a foice ou um beijo. Então ela pegou no telefone e fez uma chamada, minutos depois estava uma pessoa a bater á porta. Essa pessoa explicou-me que teria de ir aos locais onde morreram os meus colegas e esperar por alguém, seria contactado segundo ele por uma mulher e tudo indica que ela é a portadora da mensagem. Não me agradava nada aquilo, por tudo o que tinha já passado senti na pele no corpo e na alma tudo bem real. Ficou combinado que estaria no primeiro local.