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É a falta.
É querer abraçar e não poder. É a distância gigantesca. É o afago surdo. São os olhos brilhantes.
Uma dor no peito.
É a esperança que não se corta, não se cala. O suspiro agudo. Frio. Falta.
Voz que ecoa. Tudo apertado. A nenhum lugar se pertence. Solidão que não acaba. Beijos de vento.
Pensamento voador; sonhos matutinos.
Líquido.
Peças que não encaixam, partículas soltas, fragmentos de alma.
Se esvair. Desgaste, ansiedade.
Tudo se repete.
É o círculo vicioso do não-se-ter, não-poder, tentar alcansar.
Sem ar, sem paz, agonizando por dentro a ausência tão senil.
Tentar passar pela brisa do tempo, esticar bem os braços e correr.
Para calor do abraço molhado, para a boca que treme e assim permanecer.