O ÚLTIMO INSETO (miniconto)
O velhinho já esta ali há muito tempo! O sorriso no rosto anima a todos que por ali passam. Alguns contam ter recebido um milagre do velhinho. Na hora do desespero fazem o pedido, e, através do sorriso bondoso percebem de bate pronto; o milagre acontecendo. Apostas correm soltas. O velhinho não agüenta por muito tempo. Tudo ao seu redor esta carcomido por cupins, traças..., enfim, por insetos de todas as espécies. Até quando o sorriso passa imune a tanta destruição. Alguns dos seus amigos mais velhos, e devotados sugerem mudá-lo de lá. Mas, a grande maioria acredita..., se encostar um dedo nele..., adeus! Assim ele vai ficando. Sorrindo, sempre! Nunca amarrou a cara por nada. Os dentes mostram uma saúde de ferro. Enquanto, tudo rói ou é roído o velhinho, persiste no local. E até, o último cupim permanecer ali, vivo, o velhinho, fica! Afinal, o sorriso do velhinho faz a gente trabalhar... Quem tem a coragem de tirar o “retrato do velho” da parede da oficina do vovô? Bota o retrato do velho outra vez. Bota no mesmo lugar... O retrato do velhinho faz a gente se animar.