IDIOTICES

Que idiotice, eu imaginar/
que sou poeta e sei rimar/
Que tenho amor e sei amar/
Que tenho os dedos só para negar/
Que suei pelo bem só por suar/
Que na verdade não sei louvar/
Apesar de tudo ainda sei falar/
Se uso a faca, não é para cortar/
Se tenho a voz não é para gritar/
Que nem sei se vou parar/
Tenho um crucifixo e nem sei orar/
Se grito muito alto sei berrar/
Tenho um piano para dedilhar/
Não tenho que querer errar/
A minha fonte não quer jorrar/
Tenho um deus e não sei louvar/
Quero morrer sem vibrar/
Zero a esquerda, sem zerar/
A fome que me mata sem urrar/
O urro que me come sem matar/
Tiro das estrelas o meu quasar/
Quero da vida me tirar/
que idiotice me tirar/
Que sou poeta e sei matar/
Que tenho um amor e sei urrar/
Que tenho os dedos só para zerar/
Que saiu pelo bem só para vibrar/
Que na verdade nem sei jorrar/
Apesar de tudo ainda sei errar/
Se uso a faca não é para dedilhar/
Se tenho a voz, não é para berrar/
que nem sei se vou orar/
Se grito muito alto sei parar/
Tenho um piano para gritar/
Não tenho que querer cortar/
A minha fonte não quero falar/
Tenho um deus que nem sei amar/
Quero morrer e nem sei louvar/
Zero à esquerda sem suar/
A fome que me mata sem negar/
Tiro das estrelas sem rimar/
Quero da vida me imaginar/
luiz machado
Enviado por luiz machado em 19/04/2009
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