O PIRES E A VELA
Esse é uma caso que, naquelas bandas, era considerado corriqueiro, mas, que me impressionou bastante. Tanto, que eu jamais esqueci.
O meu irmão mais velho,José ou "Nego, que é o seu apelido e pelo qual é conhecido até hoje entre os familiares, era um cabra corajoso! Ele sempre acompanhava nossa mãe quando ela necessitava deslocar-se do Jerimum à Mamanguape, numa viagem de sessenta quilômetros, que eram percorridos a pé, por um caminho estreito e entremeado de raízes das árvores, grandes e pequenas, que ladeavam a estreita e única via de acesso que ligavam os raros e diminutos aglomerados de pequenas casitas perdidas por entre o matagal que se estendia por toda a extensão de terra existente entre os dois lugares aqui mencionados, tendo que enfrentar os perigos dali advindo, principalmente à noite quando a visibilidade era quase nula.
Certa noite, saindo de casa para ir visitar alguns amigos nas proximidades, onde teria que transpor o Rio Jerimum (que é o mesmo que tem outro nome na terra dos Azevedos, no Município de Pedro Velho, já no Estado do Rio Grande do Norte, o Rio Pirari, que dá nome ao Povoado e que é economicamente trabalhado: onde há açudes, barragens e liberação de espaço para as lavagens de roupas tanto para os moradores do lugar quanto para as pessoas das cidades e/ou povoados/comunidades vizinhas, além de assistir às necessidades dos moradores/trabalhores da Fazenda Pirari através da pesca para a alimentação, mas que, no Sítio Jerimum, é estreito, não oferecendo nenhum perigo para a molecada que usa e busa dele)caminha em marcha lenta, assobiando como era seu costume, e, logo depois do rio, subindo uma pequena elevação ladeada por uma vegetação não muito espessa que oferece, porém, pouca visibilidade, ele vê algo que o deixa de cabelos em pé! Próximo à cacimba de Nedina, de onde a maioria da população do lugarejo tira a água de beber, nas proximidades da casa do seu Manoel - o "Mané de Sindô", como era conhecido, um pires flutuando no ar com uma vela acesa dentro do mesmo. Coisa do outro mundo!!
A língua emboloou! Os pelos ficaram eriçados! Mas ele enfrentou "a coisa do outro mundo"! E continuou o seu caminho normalmente.
Assim disse-me ele.
Esse é uma caso que, naquelas bandas, era considerado corriqueiro, mas, que me impressionou bastante. Tanto, que eu jamais esqueci.
O meu irmão mais velho,José ou "Nego, que é o seu apelido e pelo qual é conhecido até hoje entre os familiares, era um cabra corajoso! Ele sempre acompanhava nossa mãe quando ela necessitava deslocar-se do Jerimum à Mamanguape, numa viagem de sessenta quilômetros, que eram percorridos a pé, por um caminho estreito e entremeado de raízes das árvores, grandes e pequenas, que ladeavam a estreita e única via de acesso que ligavam os raros e diminutos aglomerados de pequenas casitas perdidas por entre o matagal que se estendia por toda a extensão de terra existente entre os dois lugares aqui mencionados, tendo que enfrentar os perigos dali advindo, principalmente à noite quando a visibilidade era quase nula.
Certa noite, saindo de casa para ir visitar alguns amigos nas proximidades, onde teria que transpor o Rio Jerimum (que é o mesmo que tem outro nome na terra dos Azevedos, no Município de Pedro Velho, já no Estado do Rio Grande do Norte, o Rio Pirari, que dá nome ao Povoado e que é economicamente trabalhado: onde há açudes, barragens e liberação de espaço para as lavagens de roupas tanto para os moradores do lugar quanto para as pessoas das cidades e/ou povoados/comunidades vizinhas, além de assistir às necessidades dos moradores/trabalhores da Fazenda Pirari através da pesca para a alimentação, mas que, no Sítio Jerimum, é estreito, não oferecendo nenhum perigo para a molecada que usa e busa dele)caminha em marcha lenta, assobiando como era seu costume, e, logo depois do rio, subindo uma pequena elevação ladeada por uma vegetação não muito espessa que oferece, porém, pouca visibilidade, ele vê algo que o deixa de cabelos em pé! Próximo à cacimba de Nedina, de onde a maioria da população do lugarejo tira a água de beber, nas proximidades da casa do seu Manoel - o "Mané de Sindô", como era conhecido, um pires flutuando no ar com uma vela acesa dentro do mesmo. Coisa do outro mundo!!
A língua emboloou! Os pelos ficaram eriçados! Mas ele enfrentou "a coisa do outro mundo"! E continuou o seu caminho normalmente.
Assim disse-me ele.