Cacila Alexandra
Calcida Alexandra nasceu de um móvito, talvez isto explique muita coisa a seu respeito, desde muito pequena gostava de ingerir produtos de limpeza, começou com q-boa, depois detergente, e por fim tomava soda cáustica, mas a soda não lhe fazia muito bem, a deixando levemente embriagada.
E como não podia ser diferente, Cacilda Alexandra era compulsivamente higiênica, nascida em uma família de muitas posses, seus delicados e miúdos pés nunca tocaram o chão nu, raramente saia de casa, e quando saía evitava ao máximo o contato com outras pessoas, por causa dos muitos germes que existiam.
Seu único contato, eram com amigas que como ela gostavam de ingerir desinfetantes e outros produtos de limpeza, nestes encontros, que se davam mensalmente, discutiam seus gostos, e avaliavam os novos produtos que eram dispostos no mercado, checavam o sabor, a cor, o cheiro e a textura dos mesmos.
Um dia aconteceu, Cacilda Alexandra finalmente vira um homem de perto, em uma de suas saídas, e se apaixonou violentamente pelo jovem Dirceu Joaquim, que ironicamente, não gostava de tomar banhos.
Apoderou-se de Cacilda Alexandra uma extrema necessidade orgânica de um macho, e Dirceu Joaquim fora o escolhido. Uma febre intensa tomava conta de seu corpo, então armou em sua cabeça mil planos diferentes para ter o homem que desejava.
Um deles logrou êxito, Cacilda Alexandra e Dirceu Joaquim finalmente ficaram frente a frente, se trataram de uma forma instintiva, brutal e feroz, consumando-se o coito em uma estocada, rubra, certeira e rápida.
Cacilda Alexandra passou a amar Dirceu Joaquim, e Dirceu, odiou o cheiro de pinho que exalava daquela mulher, passou a evita-la de todas as maneiras, até que um o dia que se reencontraram.
Dirceu Joaquim reafirmou que não a queria, e Cacilda Alexandra desesperada, atirou-se na pocilga municipal, sendo devorada pelos porcos, que não eram afeitos a estranhos, Dirceu a tudo assistiu, não sobrou nenhum osso. Dirceu Joaquim se pôs a caminhar, assobiando feliz uma antiga canção de ninar.