O Mago

“A esperança de um amanhã melhor

é digna dos horríveis

que nas frestas das portas

olham um velho de roupão

após ter banhando

no mar imundo”

A respiração ofegante do mago, dava muito o que entender. Estava ele fazendo sexo com uma bruxa maldita? A bruxa se chamava Volgoféia e o ancião se chamava Madrilhon. Horas se passaram e eu fiz todo o silencio possível para que eles não percebessem a minha presença. Até que de repente a bruxa diz cansada, “sinto cheiro de criança”. Eu tinha apenas 11 anos. A bruxa abre a cortina e lá estava eu, apavorado. Fiz xixi nas calças. A bruxa diz nervosa, “splim carlofo sim partiton braton mirau”!! Até que, levantando seu cajado, Madrilhon grita com a grandeza heróica que só os magos tem. Pum, a bruxa se foi em faiscas mágicas e fedor verde. “Desculpe, meu jovem!” E ele vai embora pela porta dos fundos.

Leonardo Priori
Enviado por Leonardo Priori em 17/10/2008
Reeditado em 24/10/2008
Código do texto: T1234329