O Mago
“A esperança de um amanhã melhor
é digna dos horríveis
que nas frestas das portas
olham um velho de roupão
após ter banhando
no mar imundo”
A respiração ofegante do mago, dava muito o que entender. Estava ele fazendo sexo com uma bruxa maldita? A bruxa se chamava Volgoféia e o ancião se chamava Madrilhon. Horas se passaram e eu fiz todo o silencio possível para que eles não percebessem a minha presença. Até que de repente a bruxa diz cansada, “sinto cheiro de criança”. Eu tinha apenas 11 anos. A bruxa abre a cortina e lá estava eu, apavorado. Fiz xixi nas calças. A bruxa diz nervosa, “splim carlofo sim partiton braton mirau”!! Até que, levantando seu cajado, Madrilhon grita com a grandeza heróica que só os magos tem. Pum, a bruxa se foi em faiscas mágicas e fedor verde. “Desculpe, meu jovem!” E ele vai embora pela porta dos fundos.