Contos que eu conto.

Contos que eu conto!

Delbaru

Debaixo de um sol escaldante de 38º, sem uma brisa o que provocava um insuportável sufocante mormaço, curiosamente uma jovem senhora de uns trinta e poucos anos, bem vestida com um inapropriado costume de noite. Estática com o rosto crispado lagrima misturada com o abundante suor que lhe escorria pela face. Curioso me aproximei com a pura intenção de ajudar. Sabe aquele sentimento do cristão brasileiro de se meter o “bedelho” na vida alheia? Pois é. Lá estava eu parado, como num filme tentando balbuciar uma meia frase “tudo bem”? Obvio que não estava bem, idiota, pensei comigo. De repente trôpega ela me abraçou apertado dizendo; Graças a deus você voltou para mim, eu sabia que não me abandonaria. Estupefato naquele confortável e gostoso abraço senti as generosas curvas do seu corpo e a protuberância dura e macia dos seus seios, pele quente do sol, suas mãos bem cuidadas, unhas com um esmalte vinho escuro que contrastava suavemente com a sua pele morena. Apertava-me de uma forma quase sensual. Alegrei-me quando senti um leve estremecimento no meu baixo ventre, algo criava vida nos “países baixos” e queria se manifestar, aparecer, se mostrar por que existia. O que incomodava neste breve interlúdio era o cheiro insuportável de presunto estragado. Consegui balbuciar algumas palavras; como se chama? Posso ajudar? Deve estar enganada eu.. eu.. eu.. não lhe conheço. Estava intumescido de desejo, mas a situação era muita, mas muito estranha. Ela se afastou um pouco me observando nos olhos, tornei a estremecer eram misteriosos e profundos olhos negros. Eu sempre estive dentro de você, com você e vivo para você sou a sua LUXURIA. Foi quando observei na longa abertura frontal daquele vestido de noite, vários orifícios, com formatos de vulvas rodeados de pêlos púbicos sujos e escorrendo uma substancia fétida, entendi de onde saia aquele cheiro. Levantei os olhos rapidamente detendo na altura dos seios as aréolas apareciam através da transparência do caridoso decote, eram de formato suposto, um sobrepondo como se estivessem brotando de dentro um do outro. Lembrei do comentário de um conhecido colega advogado que cheio de propriedade ele profere; “as vísceras fede.” Pensei: somos todos fedorentos. Foi o meu ultimo pensamento acordei com o sol das 7.00h de uma linda manhã ecológica, ar puro, pássaros cantando, estive dormindo dentro do carro estacionado no curral de uma fazenda onde estou trabalhando. Desci do carro aliviado quando escutei um jovial e insinuante; bom dia! Morena, cabelos pretos, olhos negros misteriosos...

Dudel
Enviado por Dudel em 15/06/2008
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