Um conto/Capitulo I

Ele acordou de repente e se deu conta de que não sabia onde estava, tampouco se lembrava do dia anterior. Olhando em volta já sentado na cama viu uma mesa de alvenaria sem nada em cima, uma pia e a cama em que estava. Foi em direção a porta e quando se deu conta da mesma estacou, não podia acreditar no que via, a porta era de ferro com uma janelinha em forma de grade.

-Eu preso? Como pode ser? Que fiz? Foi o mínimo que passou por sua cabeça e um segundo, mas controlou suas pernas e foi espiar pela janelinha. O que viu o aliviou do medo da cadeia, um corredor todo branco, muito limpo e com mesinhas de flores, pensou:

-Isso não pode ser cadeia! E começou a bater na porta para chamar alguém. Foi quando apareceu um senhor vestido de branco que logo deduziu ser um médico, o Dr. abriu a porta perguntou como estava e pediu que o acompanhasse. Andaram por um longo corredor em L com várias portas como a que acabara de sair, sempre na porta uma mesinha com flores. Assim chegaram a sala do Dr. que pediu que se senta-se, ele próprio já estava sentado abrindo uma pasta, após alguns instantes começou falar:

-O sr. sabe onde está?

-Absolutamente

-Pois está em uma casa de repouso. tenho motivos para acreditar que está sofrendo de depressão maior, pois trata-se de um caso de comportamento border line.

-E como vim parar aqui? Não me lembro de nada que aconteceu ontem...

-Nem poderia, o Sr. tomou 5 drágeas de fluoxetina e meio litro de rum, depois entrou numa igreja pentencostal fazendo um discurso anti-semita, por sorte não foi linchado!

-Eu?

_O Sr. sim. Volte para o quarto que vou mandar uma enfermeira, amanhã continuamos.

Voltando para o quarto ele pensava como poderia ter feito tal coisa, mas havia um gozo em seu coração, achava engraçado o que fez. Ao chegar ao quarto havia uma enfermeira esperando, com uma tigela de sopa, um copo d'água e um comprimido. esperou que tomasse o comprimido e saiu trancando-o com a sopa...