[CONTO] - FÚRIA SELVAGEM - Capítulo 3 - NATUREZA BESTIAL

- Meu nome é Jürgen, sou o caçador numero um da Organização, se recuperarem meu corpo intacto, escutem os outros arquivos. Lá está a explicação dessa zorra toda! O centro da cidade de São Paulo, no Brasil virou um campo de guerra! Feras contra Noturnos e eu estou no meio...!

CRASH!

A transmissão chega ao fim e o alemão é atacado por um enorme Lobisomem branco. Antes de atirar com sua Glock 9 mm, com o pente recheado de balas modificadas.

Balas de prata.

O caçador ainda tem um segundo para se lembrar como se envolveu nesta guerra um mês antes.

Alemanha, Quinta-Feira, 21 de Fevereiro 22 h, 44 min.

Na pequena cidade de Colônia,na Alemanha, Jürgen caça uma criatura que bate com o modus operanti de um Lobisomem.

Nos arredores de um acampamento cigano, oito moradores da cidade de Colônia foram feitos em pedaços pelo que as autoridades locais creditam a um lobo hidrófobo.

Após estudar o caso, a Organização conclui se tratar de um Lupino.

As mortes ocorreram dentro de um raio de treze quilômetros quadrados, o território de um lobisomem macho dominante.

Como caçador mais experiente da região, Jürgen é designado ao caso.

- Mal acabo de me curar de um encontro com Sugadores, e vou ter de ir atrás de um cão sarnento?

Não acredita realmente que um lobisomem esteja atacando em uma área tão urbana assim. Prefere acreditar que é um louco psicopata.

O Alemão forma uma equipe com mais dois jovens e passam toda a semana da lua cheia patrulhando a região.

Logo no primeiro dia, o cadete vem com uma sugestão:

- Deveríamos nos dividir em três! Assim vamos cobrir um terreno maior!

Jürgen estaca ante o comentário estapafúrdio.

Coloca as mãos na cintura, dá uma cusparada no chão e encara o recruta ferozmente.

- Cê tá querendo morrer moleque? Você já viu um lobisomem?

O rapaz, ferido em seus brios, se empertiga.

- Eu já vi vários vídeos deles em ação! E nós estamos vestidos de uniformes de Kevlar!

O caçador arregala os olhos e logo explode em uma gargalhada.

Quando consegue se controlar, resolve dar uma pequena aula de história para os seus subordinados.

- Encarei esses pulguentos em 1958 em Manaus, no Brasil e em 1979 em Bombaim na Índia; e posso afirmar: encontrar um desses, sozinho, é morte certa! Em 79, vi um deles rasgar um carro blindado ao meio!

O outro jovem engole em seco.

- Po-Porquê ele fez isso?

O caçador grisalho volta-se para ele.

- Talvez porque quinze de nós estávamos atirando nele com fuzis carregados de balas de prata!

- Uau! Você o matou?

O semblante de Jürgen fica mais sombrio.

- Não. Foi o antigo chefe da Organização. Com uma lança feita com ferro frio, retirada da cerca de um antigo cemitério hindu. O cão sarnento ainda arrancou sua cabeça com uma mordida antes de ir para o inferno!

Os três ficam silenciosos por algum tempo e logo recomeçam a patrulha. Juntos.

Após uma semana o encontram, ou melhor, são encontrados pela criatura.

Eles escutam um rosnado seco, próximo a Catedral de Colônia e Jürgen mal tem tempo de gritar:

- Cuidado à esquerda!

O lobisomem salta, atingindo um dos recrutas com uma patada.

Ele atravessa a rua silenciosa e entra em uma casa, após derrubar a parede da sala. O segundo rapaz ainda atira três balas de prata, mas nenhuma atinge o coração da fera.

Urrando de fúria, o Lupino crava os dentes no ombro do recruta.

Este berra de dor, mas o Kevlar, tendo prata entremeada em suas fibras, resiste à mordida.

O lobisomem chacoalha o soldado atirando-o contra um poste de luz.

Antes que a fera o ataque, Jürgen rola na neve, atingindo os dois tornozelos do Licantropo.

Uivando de dor e fúria o Lupino avança com os braços na direção do caçador.

Do outro lado da rua, o recruta começa a se levantar, ainda um pouco zonzo. Jürgen atira três vezes. No ombro, na pata e decepa uma orelha.

Com a fera quase sobre si, mira entre os olhos.

- Morre cão sarnento!

“CLICK”

A arma trava com oito balas de prata no pente.

- Ah! Ausgestoßenen!

Imediatamente o velho caçador saca uma estranha granada cônica do bolso. Tira o pino e estende o braço.

- Isso vai doer... – resmunga consigo mesmo.

O lobisomem abocanha o braço inteiro de Jürgen até acima do cotovelo. O homem trinca os dentes ao sentir a mordida do lobo, mesmo com o Kevlar.

Dois segundos depois, a granada explode uma fumaça brilhante.

Cristais de prata.

O grande lobo arregala os olhos e engasga.

Ao abrir a bocarra, Jürgen retira o braço dolorido.

Cambaleante, o soldado atravessa a rua com o fuzil em punho. Arranhando a garganta com as garras, o licantropo reverte à forma humana.

Gritos desesperados partem de dentro da casa onde o recruta morto jaz, com a coluna cervical esmagada.

O caçador ativa seu comunicador para avisar seus superiores do fim da caçada, mas acaba gravando os últimos momentos do lobisomem.

Este, deitado na neve, sofre de uma grave reação alérgica a prata.

Coberto de pústulas, ele esfrega o corpo violentamente. A cada vez que respira solta pequenas nuvens de prata.

- Ack! Malditos humanos! Logo o natural COF... Surgirá, e uma raça poderosa de feras Cof Cof... Nascerá dele, para extender a floresta esmeralda a todo o planeta! Ack!

Jürgen franze a testa.

Onde já escutara uma profecia semelhante?

- Morre seu Ausgestoßenen! – grita o jovem soldado.

- NÃO!

Antes que o caçador possa impedir, o lobo-homem é atravessado por dezenas de balas de fuzil.

Ele estrebucha por alguns momentos e morre.

Com o braço bom, Jürgen acerta um violento murro em seu subordinado.

O jovem cai, olhando seu superior com intensa perplexidade. Levanta-se em seguida, já apontando o fuzil para o homem grisalho.

Jürgen franze o cenho.

Abre o uniforme de Kevlar expondo o peito nu.

- Você vai atirar seu merda? Então atira logo, que a noite eu tenho compromisso e não, posso faltar!

O recruta hesita.

- Schwach! (Algo como “CUZÃO” em português).

Empurra o rapaz trêmulo de lado e com seu comunicador contata a Organização. Os moradores saem das casas, assustados e o caçador os tranqüilizam dizendo que haviam perseguido e “neutralizado” um terrorista.

- Ei! Eu sei quem é esse cara! É Heinrich, o cigano!

Jürgen anota mentalmente esse nome. Sabe onde pode encontrar mais respostas.

Após fazer os relatórios de praxe e passar por uma bateria de exames que comprovam que o homem grisalho não foi contaminado pelo “Mal do Lobo”, ele sai da sede da Organização na Alemanha para juntar mais evidências.

Só por precaução, veste a malha de Kevlar entremeada de prata e leva dois pentes de balas extras do mesmo metal.

Entra no acampamento cigano como uma sombra. O lugar está silencioso.

Retira de um saquinho punhados de sal grosso, que atira sobre o telhado dos casebres.

Usa esse artifício para revelar a forma amaldiçoada de qualquer Lupino presente. Embora ache que qualquer criatura que possa ter estado aqui já fugira.

Jürgen sente olhos sobre si.

Com a Glock em punho, dá um giro de 360°.

Nada.

Mal abaixa a arma, porém, e uma janela de madeira explode. Uma loba pula sobre seu peito, derrubando-o.

Crava os dentes em sua garganta. O Kevlar resiste.

O caçador passa algemas na criatura e ele reverte a uma forma humanóide.

- GRRRR! Você matou meu marido!

Ela tenta estourar as algemas em vão. São de prata.

O homem grisalho aproveita o momento para empurrar a lupina com as pernas. Ela vai ao chão e quando se levanta, tenta fugir para um bosque próximo.

- Ah não! Você não me escapa!

O homem pega uma Boleadeira e a gira sobre a cabeça umas três vezes, como aprendera nos pampas gaúchos em 55.

As três bolas de madeira, unidas entre si por fios de prata rodopiam loucamente no ar, atravessando o curto espaço entre a fera e o caçador.

A licantropa cai debatendo-se. Presa pelas mãos e pelas patas.

Jürgen não se apressa. Atira o restante do sal sobre os casebres imundos.

Logo o som de ganidos enche o ar.

- Que merda é essa? – pergunta-se ele, arrombando uma porta.

Com a arma em punho, revista os cômodos minúsculos e descobre uma coisa aterrorizante: Uma ninhada!

Sai furioso de dentro da casa, com uma cesta nas mãos. Dentro dela quatro filhotinhos, vestidos com roupinhas de crianças.

- Sua “Hündin”! Como pôde fazer isso aos seus próprios filhos?

Ela ri. Um rosnado suave.

- Eles têm que ser como a mãe ou eu acabaria devorando-os.

Jürgen abre o uniforme de Kevlar e retira uma pequena caixa retangular. Dentro, uma seringa e várias ampolas.

- Você tem sorte deles serem pequeninos! Ou não sobreviveriam a isto!

Ante o olhar incrédulo da licantropa, aplica quatro doses de um antígeno, uma em cada cachorrinho.

Os pequenos animais ganem e se debatem. Em poucos segundos nada os distingue de bebês humanos.

- Pronto! Estão curados!

A loba uiva de frustração.

- Maldito! Vou mordê-los de novo!

Ela rosna.

Os olhos acinzentados do caçador tornam-se sombrios.

- Vagabunda (Hündin)... – murmura.

Tira um alicate do cinto e se aproxima da fera imobilizada. Desesperadamente, ela morde seu braço, mas o Kevlar o protege.

Jürgen prende um dos dentes dela na ferramenta.

- Acho que não vai mais mordê-los não! – avisa ele.

Arranca o dente com força.

Um urro de dor vara a noite, seguido de muitos outros.

Dentro dos casebres, os ciganos tapam os ouvidos.

Ao raiar do dia, a mulher jaz no chão, nua.

Tem dificuldade em responder as perguntas do caçador. A boca cheia de sangue.

Vazia de dentes.

Descobre nas declarações da mulher-lobo, que o ancião da raça Lupina, que vive na selva amazônica, prevê o aparecimento de um “Natural”.

Quase um tipo de “Messias” lobisomem, semi-indestrutível; acreditam que a raça que ele vai gerar criará outros lobisomens puros.

Acreditam que eles voltarão.

Logo que consegue suas respostas Jürgen a encaminha, junto com seus filhos, para a Organização e se prepara para viajar.

Seu destino: o Brasil.

Dezesseis horas e duas conexões depois, chega a Manaus. Surpreende-se como a cidade mudou em meio século.

Junto ao ramo da Organização no Brasil, começa a pesquisar os casos de ataques de Lobisomens nos últimos doze meses.

Com um helicóptero do exército, penetra nos limites nacionais da Amazônia. Procura os Lupinos insistentemente.

Nada.

Parece que todos sumiram.

Mesmo chafurdando em seu território, eles não o atacam.

Jürgen não compreende o porquê e o mês vai passando. Chega o dia quinze de março e a Organização suspende a operação.

Desanimado, o Alemão prepara sua bagagem para voltar a Europa, acessa a Internet para responder seus E-Mails quando se depara com uma notícia intrigante:

[Família de garota despedaçada junto a traficante acusa a polícia de São Paulo de morosidade. O secretário de segurança pública de São Paulo declara...]

Uma súbita intuição faz com que o caçador procure saber mais sobre o duplo assassinato.

Muda seu vôo de última hora.

Destino: a capital financeira do país, São Paulo.

Jürgen usa seus contatos para ver fotos dos corpos e ter acesso ao dossiê dos assassinados.

Descobre vários outros casos de pessoas mortas por supostos animais e uma intensa campanha para a esterilização dos Pitt-Bulls.

Realmente essa raça de cachorro é conhecida por seu temperamento violento, mas o caçador nota que a disposição dos ataques vai formando um funil que culmina na capital paulista.

- Merda! Os cães sarnentos de todo o país estão migrando! Estão todos vindo para cá! É por isso que não achei nenhum na floresta...

Manda os resultados de sua investigação para a sede da organização em Helsinque, Suécia, e espera a resposta.

Percebendo a gravidade da situação, o diretor geral da Organização libera cinqüenta agentes no País e o apoio dos “Monges Negros” no Brasil.

Os “Monges Negros” são outra organização, de origem religiosa, que combate criaturas não-humanas.

As investigações continuam.

No dia vinte de março, véspera do feriado da paixão, um ex-presidiário é feito em pedaços no centro de São Paulo.

Horas depois, Jürgen analisa os restos mortais do homem.

- Sem dúvida foi um lobisomem, mas... Nunca vi presas deste tamanho!

Um agente entra esbaforido.

- Senhor! Capturamos um jovem que tentava fazer um Upload de uma gravação da morte deste homem, atacado pelo lobisomem!

O rosto do velho caçador se contorce em um sorriso.

- Ótimo! Quero ver as imagens em um Minuto! Quanto ao rapaz... Lavagem cerebral nele!

Eles trazem um Palmtop e colocam a gravação.

A imagem acompanha pessoas pela Rua Augusta andando e logo o barulho de um disparo.

- Meu Deus!

O celular vira rapidamente. Um homem caído.

As pessoas correndo, afastando-se do local do crime.

O bandido agarra uma bela negra pelos cabelos e começa a se afastar. No chão, o cadáver do homem entra em convulsão e começa a crescer.

A criatura que levanta do chão não é humana.

- Putamerda! Quequeéisso?

O lobo parece ter uns três metros de altura, mas a moça o vê, dá um grito e desmaia.

O criminoso é despedaçado em segundos.

O licantropo se aproxima da moça e a fareja. Uiva para a lua e é correspondido.

Some na escuridão.

A voz do rapaz se escangalha de rir:

- Meu, deve ser filme!

Mal a voz do rapaz diz isso e um loiro cai de pé no meio da rua. Parece ter pousado suavemente.

Levanta a moça.

Imediatamente, surgindo do nada, uma figura de cabelos negros. Como um passe de mágica os dois somem na escuridão.

- Meu! Meu! Muito da hora! Vou pôr no YouTube é já!

Fim da gravação.

A equipe está de boca aberta. Ninguém havia assistido ainda à gravação.

- Yuri... Scheiße! – grita Jürgen.

Chuta a mesa, derrubando longe os restos mortais do criminoso despedaçado.

- Malditos sugadores! Se eles estão envolvidos a coisa vai feder! Liguem-me com o chefe AGORA!

Os vampiros parecem não ligar muito para sigilo, pois é muito fácil descobrir que eles pretendem se ajuntar na Praça da Sé na noite seguinte. Dia vinte e um de março.

Ativam sua intensa rede de colaboradores e entre os escravos humanos dos imortais, levantam o máximo de informações possíveis.

O dia é de preparativos desesperados e ao anoitecer, Jürgen conseguira duzentos atiradores de elite nos prédios que circundam a Catedral da Sé.

Com cinqüenta atiradores, está uma quantidade igual de “Monges Negros”. Poderosos guerreiros do Bem.

O movimento das ruas vai diminuindo consideravelmente, pois é Sexta-Feira da Paixão e grande parte da população urbana viajou para a praia.

É quase meia-noite quando um rapaz esfarrapado caminha até as portas da Catedral.

- Atenção controle. Controle? MERDA! – o caçador tenta coordenar o grupo em vão.

Todo o áudio está desligado.

Jürgen amaldiçoa a tecnologia e coloca seu rifle de longo alcance em posição. Está no alto do prédio do Banespa.

Observa o homem na praça gritando e vê o vampiro sobre a Catedral.

Yuri, o russo.

Por doze vezes encontrara com este antigo e poderoso imortal que agora está no Brasil, e pelo jeito vai declarar guerra aos lobisomens!

Em quinhentos anos que a Organização existe, nunca houve situação parecida.

Logo aparece um segundo vampiro, praticamente carregando uma humana.

Ameaça injetar sangue nela.

Sem entender o que eles dizem, o homem grisalho passa as mãos no cabelo curto e toma uma decisão: mira bem no meio da testa do vampiro que segura a moça. Nota que ele tem olhos de cores diferentes, um verde e outro azul.

A praça começa a ser invadida por lobisomens e nas janelas aparecem centenas de filhos da noite.

Jürgen precisa proteger a humana. Seu dedo aperta o gatilho.

Rostos sobrenaturais das duas raças olham na direção do disparo com espanto.

O áudio chega com atraso. Como tudo no Brasil.

Jürgen escuta o que eles acabaram de dizer.

Usando a moça como refém, Yuri ordena a retirada de todos os licantropos do Brasil para a Amazônia.

É tarde demais

A cabeça do vampiro capanga já havia explodido e o sangue infecta a humana.

Furioso, o lobisomem “Natural” salta, transformando-se no ar. A Praça da Sé torna-se negra de tantos indivíduos que combatem ali.

- Ataquem! Ataquem com tudo! Mirem na cabeça ou no coração!

Ignorando a própria ordem, Jürgen cai sentado em prantos. Na ânsia de tomar uma atitude, condenara uma jovem humana ao suplício eterno.

Logo se levanta, e como um autômato desce aos escritórios abaixo.

Tira seu gravador de voz e faz seu registro, sabendo que será o último. Tem conhecimento que a vingança das feras será terrível.

No meio da gravação é atacado por um imenso lobo branco.

Lucas.

O empresário, tomado pela Fúria Negra não é detido nem por três certeiras balas de prata.

Jürgen leva uma mordida no tronco, detida pelo Kevlar.

Pelo sistema de áudio, pode ouvir os gritos de morte de seus subordinados.

Com uma violenta patada, o lobisomem o desarma.

Quando está prestes a levar o golpe fatal, um vulto atravessa o escritório.

Atirado contra a parede, o licantropo gane de frustração.

Um rapaz de aparência indígena o segura, sem parecer fazer um grande esforço para isso.

Logo em seguida, uma moça de pele muito branca entra pela porta aberta. Tem nas mãos um tipo de controlo remoto.

- Sa-Saturno e Ângela? Vocês são vampiros! Por que estão me salvando?

Os dois o observam com grande curiosidade.

- Já nos conhecemos?

- Acredito que não você não estaria mais vivo... – completa a linda vampira de cabelos cacheados.

O caçador engole em seco.

- A Organização já tentou... Destruí-los...

O homem murmura a última palavra.

Os dois dão de ombros.

Ela aponta o controle para o Lupino e aperta um botão. A fera começa a uivar e se debater, logo voltando à forma humana.

- Estão todos sendo enganados! – alerta Saturno.

O empresário rosna no chão e Jürgen aperta com mais força o cabo da Glock que recuperara.

- Enganados por quem? Yuri? Já sabemos que ele quer causar uma guerra entre os vampiros e lobisomens. Não é?

Ângela desliga o controle, mas continua apontando-o para Lucas.

- Não. Yuri também está sendo enganado. Enganados por Ivan!

O empresário levanta de um salto.

-Mentira! Este humano contaminou a fêmea do “Natural’ com o sangue podre da sua raça e...

A vampira está atenta a algo.

- Cale a boca e ouça! – grita Ângela.

- Vocês não vão me enganar! – rebate Lucas.

- Ouça. – ordena Saturno.

O empresário fica em silêncio. Concentrando-se em algo.

Jürgen não entende nada. Passa a mira da arma de um em um, mas é ignorado por todos.

O lobo-homem fica estático por alguns momentos. Arregala os olhos, apavorado.

- Ah não! A Fúria Negra...

continua...

FIM DO CAPÍTULO 3

Humberto Lima
Enviado por Humberto Lima em 10/05/2008
Código do texto: T984329
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.