O mistério do Chatêau Béni

Edward Grant, que outrora fora um grande empresário do ramo imobiliário, agora praticamente falido, se dava apenas o luxo de realizar seu ultimo sonho: uma mansão com arquitetura do século XIX. Château Béni era um lugar encantador, e a antiga família que residia naquele local só havia o deixado por problemas familiares, era o que dizia o corretor. A adaptação da família Grant foi muito tranqüila, com exceção do seu filho Gustav que tinha constantes pesadelos. Edward achava que era só pela mudança, que tudo era muito novo para ele; mal sabia Edward, que há dois dias o pequeno Gustav havia encontrado um diário: o diário de Sophie, que não contava sobre o seu dia, e sim relatavam estranhos acontecimentos que acercavam o pequeno Douglas Gheyller. Aquela história não lhe saía da cabeça, em especial a parte que dizia:

“Não sei mais o que fazer, o Douglas está a cada dia mais estranho. Hoje ele atacou com uma faca o cachorro e por pouco não o matou; ele disse que queria purificar o cachorro, e disse também que foi a velha que mandou.”

Ele estava muito assustado. Especialmente porque sempre em seus pesadelos, ele vê uma velha muito estranha, a velha fala com ele, mas ele não entende o que ela diz, ela fala em outro idioma. Folheando para trás o diário, na pagina três, ele encontra outra coisa sobre a velha:

“Não acho que tenhamos feito nada de errado. Acabar com a vida daquela velha foi assegurar a nossa, e a de nosso pequeno Douglas. Deus vai me perdoar, talvez até me agradecer. Mandei um Demônio de volta para o inferno.

Tenho medo pelo Douglas, que hoje vi mexendo nos livros daquela velha. Colocarei fogo naquele quarto maldito que há no sótão.”

Movido pela curiosidade o pequeno Gustav subiu no sótão. O quarto não estava queimado. Parecia intacto. E com o pé de cabra de seu pai, Gustav quebrou o cadeado que trancava aquela porta. E sim, estava intacto. Quando adentrou no quarto, Gustav observava tudo. E bem na entrada, havia uma foto bem antiga. Pele negra, lábios carnudos e ressecados, olhos profundos e... “É ela! – Pensou Gustav. – A velha dos meus pesadelos!” Andando um pouco mais pelo quarto, Gustav avista um grande livro, que tudo o que tinha na capa era “Vudou”. Ficou por horas lendo esse livro. E depois outro, e mais outro.

– Gustav! Vá dormir menino. Já está tarde. – Grita sua mãe.

– Já estou indo, mamãe! – Diz Gustav com um estranho sorriso.

Correndo como um louco, Gustav vai para sua cama. Rapidamente dorme. Agora não mais está assustado, e sim; fascinado. Pesadelos novamente assolam a mente do pequeno Gustav, mas dessa vez ele não teme, e quando a velha bruxa fala com ele, ele entende. E ela lhe ordena inúmeras coisas. Ele desce, vai até a cozinha, pega uma faca de cozinha e sobe ao quarto dos pais. Abrindo a porta vagarosamente, aproxima-se da cama e enfia a faca na barriga de sua mãe. Ela grita, e seu pai acorda. Edward tenta tirar a faca da mão de Gustav. Em vão. Gustav dá uma facada no ombro de Edward, que fica caído, imóvel, sem nada poder fazer para ajudar sua esposa. Edward, caído no chão, apenas assiste a toda aquela desgraça.

Gustav a põe no chão, em volta dela faz um circulo com carvão, e acende algumas velas. Dá outra facada – Essa de misericórdia. –. E profere palavras estranhas, que depois de algum tempo, fazem com que a mulher se levante. Mas essa mulher, não mais é a sra. Grant. E sim Catherine, a velha hougan vodou.

Derek Mendonça
Enviado por Derek Mendonça em 16/04/2008
Código do texto: T947670
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