FOGO NO CÉU - CLTS 30
FOGO NO CÉU – CLTS 30
Enquanto caminhavam lado a lado, as mãos se tocavam casualmente. O contato entre as pontas dos dedos do casal de adolescentes parecia faiscar. Quase se podia ouvir o crepitar das brasas da paixão naquele fugaz triscar de peles. Andavam pela beira do rio vendo o vermelho do crepúsculo e sentindo a carícia da brisa quente do verão. O perfume inundando-lhes as narinas ia buscar seus suspiros mais profundos. Como lhes era difícil ter apenas dezesseis anos de idade!
Mariana e Joaquim caminhavam com medo de onde os seus sentimentos poderiam levá-los. Mas ao mesmo tempo, com forte desejo de chegar aonde não podiam…Os cabelos, os olhos, o sorriso e o balanço do andar de Mariana eram o que de mais lindo Joaquim já havia visto na vida. Para Mariana, a voz máscula, os braços fortes e o rosto rústico do rapaz eram o que fazia seu coração perder o compasso e bater mais forte. Tão forte a ponto de quase ensurdecê-la, como se tivesse um tambor dentro do peito. E o ribombar desse tambor fazia estremecer todo o seu corpo.
***
Ao despertar da noite quente de sono pesado, Joaquim se lembrou do sonho intenso que tivera. O sonho intenso com a amada Mariana deixou vestígios em suas roupas íntimas e um torpor em seu corpo. Sorriu. O Sol já se levantava no horizonte e ele apressou-se em levantar, pois o trabalho na plantação começava cedo. Depois do almoço era sua rotina de ir à escola e caminhar com Mariana. Era um bom aluno. Queria se formar advogado na cidade grande para poder se casar com a menina de seus sonhos. Difícil para um filho de peão, mas a vida da roça era, no seu pensar, ainda mais difícil.
Havia conversa alta de vários adultos na cozinha. Lá chegando, espantou-se ao ver seus pais vários vizinhos agitados, falando sobre algo no céu.
_ Mãe, o que aconteceu! - perguntou, tocando o braço de Dona Amália, sua mãe.
_ Seu Chico da venda veio bater aqui em casa, ele mais essa penca de gente pra mostrar uma visagem no céu. Não sei se é coisa de Deus… - concluiu enquanto fazia o sinal da cruz.
Os homens decidiram sair novamente para observar o assombroso acontecimento. Amália também foi. O temor estampado em seu rosto e nas mãos crispadas foi superado pela natural e invencível curiosidade humana. Joaquim acompanhou os passos da mãe.
Do lado de fora, os adultos olhavam o céu da manhã completamente fascinados. E não era para menos: acima deles, no céu, uma nuvem arroxeada ia tomando forma de redemoinho. Uma espiral fracamente luminosa em cujo interior podiam ser vistas breves fulgurações, como relâmpagos silenciosos dentro da espiral quase transparente. O lento movimento de rotação em torno de um ponto central situado sobre o rio era perceptível a quem fixasse o olhar por alguns minutos. Joaquim pensou no giro da água em uma pia destampada. Em sua mente juvenil, o escoamento da água era o que de mais próximo havia em semelhança àquela nuvem. Beleza e perigo eram os sentimentos instintivamente induzidos por aquela visão.
***
A nuvem assustadora não foi a única novidade do dia. Por volta das treze horas, um Opala preto com cinco homens fortes, bem vestidos e de cara fechada chegou ao vilarejo. Pararam na birosca de Miguel de Olinda e entre algumas cervejas jogaram conversa com o birosqueiro e os demais fregueses. O aspecto “poucas ideias” dos visitantes foi sendo quebrado com piadas e jogo de sinuca e em pouco tempo, os cinco se declararam como empresários interessados em comprar um grande terreno na região para montar um depósito para uma rede de autopeças da cidade grande. Resolveram sondar o vilarejo pessolmente para saber se a impressão de segurança que o local transmitia era verdadeira. A conversa adentrou o tema de mecância de automóveis e a familiaridade dos visitantes com o assunto conquistou a simpatia dos homens no boteco. Até a aparência de leões de chácara dos forasteiros foi amenizada, pois tiravam os ternos e gravatas para aproveitar o jogo. Naturalmente, em dado momento, um deles apontou a nuvem anormal, que agora já estava mais densa e mais rôxa e disse: _ Que diabos é aquilo? Já no caminho, enquanto vínhamos pra cá estamos cismados com aquilo. Tá ali há muito tempo? Isso sempre acontece aqui? – perguntou com o olhar fixo na nuvem.
_ Olha, moço – respondeu Miguel de Olinda – Essa foi a primeira novidade do dia. A segunda, foi a chegada de vocês… Ninguém sabe de onde veio aquele treco nem o que ele é… Só sabemos que é bonito de dar medo. A igreja tá cheia. Um monte de gente tá dizendo que é o fim do mundo. - concluiu com as sobrancelhas levantadas e um tom de incredulidade na voz .
_ O fim do mundo? – perguntou o mais alto entre os cinco forasteiros – Logo agora? Vou querer saber meu futuro. Tem cartomante por aqui? Mãe de Santo? Profeta? – perguntou com viva curiosidade. Os outros quatro observavam á espera da resposta.
_ Não senhor, meu amigo. _ respondeu “Seu” Irineu, o mais velho presente, com seu costumeiro hábito de falar alto demais. _ Essa droga de lugar é tão pobre que nem essas coisas tem. - concluiu, enquanto outro dos visitantes fazia nova pergunta:
_ Não tem nem aquelas avózinhas olham pra barriga da grávida e adivinham se o bebê vai ser menino oi menina? Não creio… Minha mãe dizia que todo lugar do interior tem alguém assim. – insistiu simpaticamente, porém sob atenta observação dos outros quatro.
_ Olha, amigo, muito antigamente tinha Dona Aurélia, que fazia isso mesmo. Dizia se era menino ou menina, se eram gêmeos… Ela só nunca disse se a criança ia nascer viva ou morta. O povo achava que ela sabia, mas evitava falar. - disse Irineu.
_ Eu ainda era uma criança, quando a véia Aurélia vivia aqui. Ela ficou meio perturbada no fim da vida, foi para um hospital e nunca mais voltou. Dizia que tinha gente de outro mundo andando embaixo do chão da casa dela e que ela escutava eles falando. Na época, o padre Inácio foi lá e não escutou nada. Ela era sozinha e desde que foi embora, a casa tá lá, vazia. – concluiu apontando com o queixo para algum ponto distante onde estaria a casa de Dona Aurélia.
Os visitantes pareceram ficar felizes com a história contada por Irineu. A satisfação era evidente em seus rostos. O mais alto deles, que parecia ser o chefe do grupo, aproximou-se do velho:
_ Que interessante! Será que poderíamos visitar essa casa?
***
Ao entardecer, Joaquim estava mais uma vez esperando a companhia de Mariana. E estava decidido: com ou sem nuvem do fim do mundo iria beijar a amada hoje. O crepúsculo estava ainda mais bonito com a presença daquela aberração celeste. Ao longo dia, sua cor se acentuou e os clarões no ventre da nuvem se tornaram mais fortes. Muitos dos moradores, amedrontados, se reuniram na igreja e de lá olhavam o fenômeno que lhes causava arrepios.
Mas, para Joaquim e Mariana, o importante era o seu encontro vespertino. De mãos dadas, no costumeiro passeio perto do rio, os dois apaixonados queriam apenas viver o seu amor. E se fosse mesmo o fim do mundo? Todos os sonhos e planos de um futuro juntos com filhos e uma boa carreira deixariam de existir. Subitamente, o ar ficou extremamente frio e numerosos pontos escuros encheram o espaço ao redor deles.
_ Joaquim, o que será… - Mariana não teve tempo de concluir a frase enquanto se agarrou ao rapaz em busca de proteção. Subitamente, um caudaloso jorro de luz irrompeu da nuvem envolvendo o jovem casal. Seus corpos caíram inertes sobre o solo fumegante.
***
Na manhã seguinte, todos os habitantes do vilarejo acordaram de um sono profundo, diferente de qualquer outro que já tinham dormido. Sem explicações, acordaram no lugar onde estavam no entardecer anterior. Os que estavam na igreja, os que estavam na birosca, os que estavam andando na rua… Todos acometidos por um sono pesado como que induzido por remédios. Logo as conversas começaram. O estranhamento era geral.
_ Como que dormi ao relento, no meio da rua? Não sou nenhum, bêbado! – dizia um idoso ao se levantar com dificuldade do chão de terra onde estivera deitado.
As donas de casa que adormeceram durante a preparação do jantar, acordando caídas na cozinha com as cinzas da comida ainda enchendo a casa de fumaça. E o caso terrível de Zefinha de Neno que adormeceu enquanto dava banho em seu bebê. Seus gritos cortaram a manhã ao descobrir sua criança afogada na bacia de banho à sua frente.
O burburinho começou na igreja, onde as pessoas que acordavam iam questionando-se umas as outras e descobriram que todos tiveram o mesmo sonho. O que parecia ser uma coincidência impossível foi se mostrando uma realidade concreta ao longo do vilarejo. Todas as pessoas tiveram o mesmo sonho: um ser vivo, parecido com um réptil com uma cabeça triangular e grandes olhos tristes suplicava com uma voz cavernosa e débil: “_ Me ajudem…”
***
Nos dias que se seguiram, os forasteiros trouxeram escavadeiras para a casa abandonada de Dona Aurélia e passaram a frequentar a igreja e a birosca mais amiúde. A intenção de conseguir informações era evidente. Assim como era evidente a dificuldade de negar as respostas que eles queriam. Mesmo não sabendo qual era a finalidade das perguntas e com toda a simpatia dos visitantes mal encarados, a soma dos acontecimentos criou um clima de medo.
Em meio àquele turbilhão de estranhezas, Mariana e Joaquim, que foram os únicos que tinham lembranças do raio emitido pela nuvem, estavam às voltas com um fato novo. Mariana descobriu-se grávida!
_ Como assim, grávida, Mariana? - perguntou Joaquim em um misto de espanto e dor. – Nós nunca … Não… Nem ao menos nos beijamos! Como você pôde fazer isso comigo? Diz que é uma brincadeira! – gritou o rapaz, já entre lágrimas. Mariana por sua vez, pálida, trêmula e assustada segurava-lhe as mãos, suplicando:
_Não fale assim de mim! Eu não sei o que aconteceu. Eu nunca fiz nada com com ninguém! Nem com você e nem com ninguém! – desesperava-se.
Joaquim, de olhos fixos no chão, largou as mãos da menina. Virou-se e foi embora, chorando em silêncio.
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A nuvem do fim do mundo ia se desfazendo com o avançar dos dias. Os forasteiros já tinham escavado um túnel que partia da casa da velha Aurélia até perto do rio, bem abaixo do ponto central da nuvem. Sabiam de algo que não disseram a ninguém. Alegavam ser apenas curiosidade o que faziam. Mas alguém entre os moradores resolveu denuncia-los à polícia.
_ Bom dia, cidadão! Sou o detetive Albernaz e esses são os detetives Adroaldo e Ventura.
O detetive dirigiu-se ao forasteiro mais alto, que era o mais falante e que comandava o grupo. Abordado no domingo em frente à igreja lotada para a missa, o forasteiro abriu um simpático sorriso e estendeu a mão ao policial, que retribuiu o cumprimento.
_ Bom dia detetive, em que podemos ajudá-lo? – respondeu com polidez.
Os circunstantes presenciaram as perguntas dos policiais sobre a natureza da escavação e das intermináveis perguntas aos moradores. O homem alto ouviu com atenção e em silêncio. Ao fim da fala do detetive, os cinco homens permaneceram silenciosos, mas, com expressão endurecida nas faces encararam fixamente os policiais. Os agentes da lei, como que em transe, entreolharam-se e se despediram dos cinco forasteiros agradecendo a cooperação.
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Decididos a descobrir quem os denunciou à polícia, os cinco homens entraram na igreja, interrompendo a missa. Sob os protestos do padre e de alguns fiéis, eles perguntaram, aos gritos, quem os tinha denunciado. Foi quando o mais jovem entre os cinco se deteve diante de um homem calvo e magro.
_ Foi esse aqui! – disse apontando com convicção para o homem cujos olhos estavam arregalados de medo.
Com o olhar fixo no homem magro, o forasteiro, de olhos semicerrados, concentrou-se e elevou o queixo, em silêncio. O homem magro tremeu e sangrou pelo nariz, caindo morto em seguida.
_ Ora vejam… Ele infartou… - disse tranquilamente o forasteiro alto, dirigindo-se o padre, enquanto um silêncio pétreo pesava sobre o ambiente.
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Os pais de Mariana, atordoados, tentaram esconder a gravidez da filha. Mas foi impossível, pois a barriga crescia de forma anormal e em duas semanas já estava como uma mulher de oito meses. Diante de tamanha anormalidade, procuraram os pais de Joaquim e o próprio jovem para discutir a situação. Mariana precisava mostrar que foi vítima de algo não natural e desejava recuperar a confiança do amado. Diante de fatos de natureza, no mínimo desconhecida, como a nuvem, o raio, o sono e o sonho coletivos e a chegada dos cinco estranhos, sua gravidez era apenas algo a mais. Mas o que nasceria dali?
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Os forasteiros desenterraram uma máquina próxima à margem do rio. Apontada para o céu, construía outra nuvem igual àquela que se desfez. Seu intento já não era segredo. Aurélia foi uma pessoa como eles, mas sem saber o que realmente havia embaixo do chão do vilarejo enlouqueceu com os sons que percebia.
_ Isso é um farol, padre. – disse o forasteiro alto. – Você é a pessoa mais culta da região e inofensivo para nós, como os demais. Por isso estou te revelando o que há aqui. A nuvem foi um sinal para que os donos dessa máquina venham buscar algo que lhes pertence e que assim como a máquina está aqui há milênios. Talvez desde antes da humanidade existir. E esse poder, eu quero para mim. Eu e meus irmãos reinaremos sobre a Terra.
Em silêncio, o padre orava pela misericórdia de Deus.
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A gravidez de Mariana também não era mais segredo. Joaquim, entendendo que estava diante de algo não natural, pediu o perdão da amada e acompanhava o crescimento do feto. Alguns moradores passaram a fazer uma espécie de romaria até a casa da menina Mas os cinco forasteiros também souberam da história e apareceram, sem aviso, na casa da moça, em um dia de casa cheia. Para eles, a prodigiosa gravidez também era um mistério.
Com sua sinistra simpatia, os cinco homens chegaram sorrindo e perguntando pela menina abrindo caminho entre as pessoas.
_ Olá! Temos um milagre aqui? - disse o forasteiro alto com seu costumeiro sorriso largo.
Mariana não soube o que responder e acanhada, disse apenas: _ Não sei...
Joaquim segurou a mão de Mariana e respondeu ao forasteiro: _ É um milagre, sim senhor! Pode acreditar.
O forasteiro olhou para seus acompanhantes e antes que pudesse articular o que ia falar, pôs a mão na testa com uma expressão de dor. Surpreso e confuso, viu que os outros quatro também estavam se sentindo mal. Olharam ao redor, ansiosos, procuraram, sem sucesso, a fonte da dor e do zumbido que lhes enchia a mente, desordenando seus pensamentos. Quando começou o sangramento nasal, fugiram para se salvar. Havia uma presença poderosa ali.
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Os forasteiros desenterraram uma urna oval de cristal escuro do tamanho de uma pessoa. Em sua desfaçatez levaram a urna para a igreja. Queriam que o padre, homem de cultura, fosse o relator daquela história. A urna revelou-se muito difícil de abrir e a despeito de todos os esforços dos forasteiros, ela permanecia intacta.
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O bebê de Mariana nasceu. Deram-lhe o nome de Alcides, em homenagem ao bisavô. Alcides crescia em ritmo acelerado, assim como foi gestado. Em duas semanas de vida já tinha a aparência de uma criança de doze anos de idade. Sua existência atípica mantinha as visitas de pessoas à casa de sua família. Todos queriam ver o prodigioso menino. Apenas os forasteiros nunca apareceram para vê-lo. Enquanto Alcides crescia, a nuvem criada pelo farol cósmico se avolumava no mesmo ritmo. Assim, quando na terceira semana de vida, Alcides já era um homem adulto, ele se dirigiu à igreja. Os cinco forasteiros, como que avisados de sua ida, deixaram seu trabalho com a urna e se postaram à frente do templo, à sua espera. Lá chegando, dirigiu-se a eles:
_ Vim buscar meu irmão. – disse com voz profunda e resoluta.
_ Com sinceridade, não sabemos do que você está falando. - disse o líder dos forasteiros.
_ Vim para buscar meu semelhante que está dentro dessa urna. Nosso povo me enviou para buscá-lo. Ele já sofre há milênios aprisionado nesse planeta.
O homem alto dirigiu-se a ele com voz pausada:
_ Então era você a presença que sentimos em nossas mentes naquele dia?
_ Sim. Enquanto esse corpo se desenvolvia no ventre de minha hospedeira, eu pude pressenti-los e confrontá-los mentalmente. Existem poucos como vocês nesse planeta, mas sua sede de poder os trouxe á sua destruição, assim como outros antes de vocês.
Dito isto, Alcides se concentrou e de olhos semicerrados e olhar fixo nos cinco homens destruiu-lhes os cérebros enquanto eles caíam sem vida. O padre, que a tudo observava, tremia de medo encolhido na porta da igreja.
_ Não tema, meu caro! Não tenho porque fazer-lhe mal. Quero apenas resgatar o irmão que está aí com você. – disse já se dirigindo para o interior da igreja.
Quando Alcides se colocou diante da inexpugnável urna, ela se tornou transparente exibindo o que havia em seu interior: um alienígena semelhante a um réptil de cabeça triangular adormecido e ligado a vários tubos e luzes.
A esta altura, alguns populares já haviam acorrido à igreja, entre eles, Joaquim e Mariana.
Diante dos olhares assombrados, Alcides saiu da igreja levitando a meio metro do solo tendo a urna também flutuando ao seu lado. A nova nuvem deslocou-se rapidamente para o local e colocou-se bem alto, acima de Alcides. Ele aproximou-se de Mariana e com um sorriso disse: _Obrigado! Meu nome verdadeiro é impronunciável para qualquer ser humano, mas lembrarei desse que você me deu.
Afastando-se dela, ele ordenou com forte voz de comando que todos se afastassem, no que foi prontamente obedecido. Da nuvem desceu uma torrente luminosa como a que tinha atingido mariana e Joaquim, levando Alcides e urna. O chão abaixo da nuvem ficou incandescente e um som como o de um trovejar ecoou pelo vilarejo. A máquina, o farol cósmico desenterrado pelos cinco forasteiros estava se desintegrando e seus pedaços subiam em direção à nuvem arroxeada. Em poucos minutos, tudo estava terminado. Alcides tinha cumprido sua missão.
FIM
TECNOLOGIAS ANCESTRAIS
AGNALDO SOUZA