O Prisioneiro Sem Nome
O Prisioneiro Sem Nome
No inverno de 1974, a penitenciária de **Black Hollow**, nos Estados Unidos, recebeu um novo detento.
Ele não tinha nome, nem ficha criminal, nem digitais registradas. Os guardas chamavam-no apenas de **"Prisioneiro 444"**.
Ele foi encontrado **caminhando nu em uma estrada deserta**, coberto de cicatrizes. Não falava, não comia, **mas nunca demonstrava fraqueza**.
Os médicos tentaram examiná-lo. **Seu coração não batia.**
E, mesmo assim, ele **vivia**.
A primeira tentativa de matá-lo foi em março de 1975.
Um dos guardas, aterrorizado pelo prisioneiro silencioso, empurrou-o do **terraço do presídio**, uma queda de 30 metros.
O corpo caiu no pátio.
Os ossos quebraram.
Mas, poucos minutos depois, **ele se levantou**.
Suas articulações se estalaram de volta ao lugar. Ele **olhou para o guarda que o empurrara**...
E **sorriu**.
Os testes começaram.
Eletrochoques. Afogamento. Estrangulamento. Nenhum método funcionava.
O diretor do presídio, **Charles Merton**, ordenou que **o prisioneiro fosse cremado**.
O fogo queimou por sete horas.
No dia seguinte, **a cela 444 estava ocupada novamente**.
O prisioneiro estava sentado no mesmo lugar, **intacto**, esperando.
E, pela primeira vez, ele falou.
*"Isso não vai funcionar."*
O desespero tomou conta da prisão. Guardas abandonaram seus postos. Merton começou a perder o sono.
Certa noite, ele entrou na cela e **exigiu respostas**.
*"O que você é?"*
O prisioneiro o olhou nos olhos.
*"Eu sou o que vem depois."*
*"Depois do quê?"*
O prisioneiro apenas **sorriu novamente**.
E então, pela primeira vez, **Merton sentiu seu próprio coração parar por um segundo**.
Como se algo, muito além do tempo, **o tivesse notado**.
Em 1976, a Prisão de Black Hollow fechou.
Os registros do Prisioneiro 444 foram destruídos.
Mas aqueles que trabalharam na prisão **relataram pesadelos recorrentes**.
Sonhavam com **um corredor escuro, uma cela vazia... e uma sombra sentada no canto, esperando.**
E, nas noites mais silenciosas, se alguém escutasse com atenção, poderia ouvir uma voz grave sussurrar:
*"Isso não vai funcionar."*