SOB O CÉU DA TOSCANA — CLTS 30.
Capítulo I.
O advogado James Reeves foi visitar sua cliente, Leslie Boone na Penitenciária Feminina do Condado de Posner Power, Massachusetts.
— Sente-se melhor hoje, Leslie? — perguntou ele.
Ela encarou-o.
— Como poderia? Estou presa acusada injustamente de ter assassinado o meu marido. Daqui a alguns dias posso ser condenada à prisão perpétua.
Ela desabou em lágrimas.
— Não vamos deixar isso acontecer, Leslie, confie em mim.
— Como? Não existem provas da minha inocência, dr. Reeves. Estou sendo taxada de louca e mentirosa, e os pais do meu marido trabalham arduamente dia e noite pela minha condenação. Eles me odeiam, sempre me odiaram.
James a encarou nos olhos e disse:
— Resolvi que vou pessoalmente até a região da Toscana fazer uma investigação particular por conta própria. A polícia italiana não fez grandes esforços para elucidar o caso como deveria, os pais do seu marido trabalharam muito bem junto à justiça tanto daqui quando da Itália para você ser deportada o quanto antes. Eles querem que pegue prisão perpétua.
Leslie abaixou a cabeça, pensativa.
— Estou com medo, com muito medo de que nada dê certo e eu seja condenada — disse ela.
— Isso não vai acontecer, dou a minha palavra que irei provar a sua inocência — disse Reeves.
Leslie encarou-o com um semblante confiante, embora ela mesma não acreditasse que sairia livre naquele julgamento.
James Reeves era um jovem advogado formado na Universidade de Massachusetts, e o caso "Leslie Boone" era apenas o seu quinto trabalho, mas diferente dos outros, era o mais importante e bizarro deles. Reeves era um homem reservado, que guardava seus pensamentos para si mesmo. Tinha quarenta e dois anos, mas parecia muito mais jovem. Era alto e magro, olhos penetrantes e calculistas, a boca sempre contraída numa expressão divertida.
Os jornais exploravam ao máximo a tragédia da esposa que matou o marido na lua de mel, acusando-a de tentar ficar com a fortuna de um dos herdeiros mais cobiçados de Massachusetts. O escândalo abalou os Estados Unidos, e os tabloides sensacionalistas procuravam tirar o máximo de proveito do evento sinistro; transformando James Reeves e sua cliente Leslie Boone em celebridades instantâneas.
— Têm alguma peça que não se encaixa nesse intrincado quebra-cabeças, Leslie, por isso é muito importante que relate para mim outra vez tudo o que aconteceu na viagem de lua de mel. Precisamos saber se a polícia italiana deixou alguma coisa importante passar despercebida ou apenas negligência da parte deles — disse Reeves. — Assim podemos montar uma defesa mais confiável.
Ela encarou o advogado.
— Certo.
Capítulo II.
"Era um momento feliz para nós dois, em que nada podia sair errado, em que nada ousaria sair errado", disse Leslie, sentindo lágrimas na voz.
Era uma declaração simples e otimista, sem o menor presságio da dramática cadeia de acontecimentos que viria a acontecer.
"Os pais dele não gostavam de mim", continuou ela, "eles achavam que eu não passava de uma aventureira que só queria dar o golpe do baú no filhinho deles."
Leslie Wilson e Charles Boone se casaram na primavera de 1995, em uma cerimônia simples para poucos convidados na mansão da família do rapaz, em Boston. Embora seus pais desejassem uma festa com toda pompa e elegância que o filho tinha direito, e também uma outra noiva para ele, tiveram que engolir uma cerimônia de casamento fora dos padrões desejados e uma Leslie Wilson, agora uma Boone como nora.
"Mulherzinha vulgar", resmungou a mãe do noivo para o esposo ao seu lado.
"Ela é bonita, não podemos negar, são os fatos. Mas não passa de um pedaço de carne que nosso filho vai comer e logo enjoa, como fez com todas as outras que vieram antes dela. Não se aborreça mais com isso, querida", disse o pai de Charles.
— Onde Charles e você se conheceram mesmo? — perguntou James.
"Eu era garçonete de um bar para motoqueiros na Chandler St, e uma noite Charles e alguns amigos resolveram passar por lá para tomar umas. Os amigos dele praticavam corridas clandestinas", disse Leslie.
— Hobby interessante para um aristocrata de Boston, filho de uma das famílias mais ricas e tradicionais do país. — disse James, sarcástico.
"Charles era um, cara simples, Sr. Reeves", defendeu Leslie, "apesar de vir de uma família milionária, ele não gostava de luxos."
— Quem escolheu o destino da lua de mel?
"A escolha foi minha, sr. Reeves", falou Leslie.
A mulher balançou a cabeça e sorriu.
"Um dos meus sonhos era conhecer a Itália, sonho bobo, não é mesmo?"
James a encarou, aquela era a primeira vez desde que conheceu Leslie que a viu sorrindo.
"Ela é linda", pensou ele, encantado.
— Não acho nada bobo, Leslie!
Ela sorriu, envergonhada.
O destino para a lua de mel do casal Boone foi a cidade italiana de Garfagnana, na Toscana; uma região montanhosa com bosques, vales e pequenas aldeias. Eles ficaram hospedados em um hotelzinho charmoso aos pés de uma encosta chamado "Montanha dos Ventos Uivantes."
— O lugar se chamava mesmo "Montanha dos Ventos Uivantes", como o romance da escritora britânica Emily Brontë? O dono deveria ser mesmo um grande fã dela. — disse James, irônico.
"Sim, também não entendi a escolha do nome, poderia ter alguma coisa a ver com o ambiente ao redor do hotel, da própria cidade, quem sabe. Mas confesso que gostei do nome, mesmo sendo um tanto sinistro", completou Leslie.
James perguntou:
— Como era o ambiente do lugar?
Leslie suspirou, profundo, o passado parecendo se lançar sobre ela como pássaros saindo em uma revoada de cercas vivas, assustadores. Toda aquela exuberância, aquele verde incrível, o amarelo vivo e ácido dos tojos nas colinas italianas, entrando como furacão em sua mente e trazendo consigo um curta-metragem de lembranças.
"Era incrível", disse ela, finalmente.
— Ótimo! E como foi a estadia? — perguntou James.
"Fomos recebidos pelo signore Giacomo, um homem simpático, baixinho e de fala mansa e rápida", começou Leslie," e por seu filho, um rapaz franzino e alto, chamado Sergio. Depois ficamos sabendo que o pai era fã de Sergio Leone, o criador do faroeste italo-americano."
— Interessante. E tinha outros hóspedes além de vocês dois no hotel? — perguntou James.
Leslie fez uma careta, encarou o advogado, parecendo surpresa com aquela pergunta.
"Agora que o senhor tocou no assunto, foi que eu recordei que não existiam mais hóspedes no tal "Montanha dos Ventos Uivantes", além de Charles e eu, claro."
Enquanto ouvia o relato de Leslie, o advogado anotava tudo o que sua cliente falava em um bloco de notas, fazendo caras e bocas engraçadas.
— Vamos falar agora da noite da morte do Charles, tudo bem, Leslie? — disse James. — Me conte detalhadamente tudo o que aconteceu.
"Era a nossa quinta noite naquele lugar, e estávamos aproveitando tudo ao máximo. Foi durante a madrugada que o terror teve início, sr. Reeves", relatou Leslie, "quando começamos a ouvir um barulho estranho vindo do lado de fora, era um tipo de som aterrorizante. Parecia uma mistura de uivo com um grunhido de um porco."
— O que vocês fizeram em seguida? — perguntou James.
"O senhor quer saber se o Charles saiu para investigar o autor do som bizarro, correto?"
— Sim.
"Saiu, sim. Esse foi o grande erro dele."
— Relate para mim o que aconteceu daí por diante, quando o Charles saiu do quarto onde vocês estavam para tentar investigar a origem do som sinistro que ouviram, por favor, Leslie.
"Precisamos chamar o signore Giacomo e o seu filho, eu disse, mas Charles não me ouvia. O dormitório dos dois ficava do outro lado do hotel, levaríamos alguns minutos até chegarmos lá, então resolvi ligar para eles, usando o ramal que o signore Giacomo havia nos dado no caso de surgir alguma emergência durante a noite. Mas ninguém atendeu."
— Relato intrigante, Leslie. Prossiga, por favor! — disse o advogado, rabiscando com uma caneta o seu bloco de notas.
"Charles não queria acender nenhuma luz, desejava surpreender nosso misterioso convidado. Havia pouquíssima iluminação no imóvel, com exceção do brilho da lua que entrava pelos vãos das cortinas das janelas. Charles saiu e eu fui junto, mesmo com muito medo daquela situação assustadora, não poderia abandonar meu marido à própria sorte."
— Entendo. — disse James.
"Nos afastamos um pouco da entrada da sede do hotel, nem percebemos esse grave erro, quando já era tarde demais. Alguma coisa passou por nós, rápido demais para identificarmos, parecia um tipo de cão, mas não, era enorme. Muito grande para ser um cachorro. Então aquele monstro parou na nossa frente e começou a nos encarar."
— Poderia descrever a criatura para mim, Leslie? — perguntou James.
"Era incrivelmente grande e feroz, com gigantes garras e dentes terrivelmente afiados", respondeu ela.
James fez cara de surpresa, mas não procurando desacreditar da sua cliente.
— O que aconteceu depois? — perguntou ele.
"Eu fechei os olhos, tentando ser corajosa, não queria morrer. Foi quando ouvi o grito do Charles, então olhei na sua direção, vi quando a criatura passou correndo por ele. Tudo aconteceu tão rápido que mal tive tempo de reagir antes que tudo tivesse acabado."
Capítulo III.
James Reeves e o Criptozoologista, Paul Sereno, chegaram no final da tarde ao "Montanha dos Ventos Uivantes", e foram prontamente recebidos por Giacomo Mariola e o filho Sergio.
James e Paul usaram seus nomes verdadeiros na hora da hospedagem, mas ocultaram suas reais identidades. Para os donos do lugar, a dupla falou serem Biólogos e Ornitólogos, interessados em registrar as aves da região toscana, uma das mais lindas e fascinantes do bioma italiano.
— Sr. Reeves, já deixando bem claro para o senhor, eu sou um Criptozoologista, não um policial detetive. Então não sei como a minha presença aqui nessa cidadezinha rústica, mas agradável, vai ajudar na defesa da sua cliente? — disse Paul, quando a dupla estava desfazendo suas malas, eles optaram por dividir o mesmo quarto, em camas de solteiro. Acreditavam ser uma opção mais segura se permanecessem juntos.
— Paul — falou James —, sr. Sereno, minha cliente está sendo acusada de ter matado o próprio marido, mas ela alega inocência, e eu acredito nela.
Paul Sereno fez uma careta, mas permaneceu calado.
— Como eu relatei para o senhor, minha cliente alega que ela e o marido foram atacados por uma fera selvagem desconhecida que dilacerou o pescoço dele — disse James — Ela alegou que foram atacados por um tipo de lobo gigante que andava nas duas patas dianteiras.
— Um lobisomem? — falou Sereno. — Isso é absurdo, lobisomens não existem, o senhor sabe disso.
James o encerou e disse:
— O senhor é que o Criptozoologista aqui, eu sou apenas um Advogado.
Paul apenas revirou os olhos.
— Ela é maluca, então, usando uma estratégia tão fraca dessas — disse Sereno. — Ou fez tudo pela fortuna que herdaria após a morte do marido. Fiquei sabendo que ele era filho de uma das famílias mais ricas dos Estados Unidos.
— Era, sim, — respondeu James. — Mas ela passou pelo detector de mentiras que não apontou que estivesse faltando com a verdade. Também foi submetida ao laudo médico de três dos mais renomados Psiquiatras do país, que alegaram que ela era totalmente sã.
— Então ela é mais perigosa do que pensávamos — falou Paul, sarcástico. — Uma psicopata nata que conseguiu enganar um detector de mentiras e três Psiquiatras. Tiro o meu chapéu para ela.
— Não diga isso, você é um Criptozoologista, resolvi recrutar seus serviços por isso, eu acredito que exista alguma coisa errada nesse lugar, e temos que descobrir. Se o culpado for mesmo um lobisomem, você é a peça central mais importante nessa investigação — finalizou o advogado.
— Correto! E quanto a pai e filho? Não achou eles suspeitos? — perguntou Paul.
— Você também achou eles estranhos?
— Muito. Mas não ao ponto de acreditar que um deles seja um lobisomem.
— Ok!
Giacomo Mariola e o seu filho Sergio eram figuras comuns, um senhor na idade de sessenta anos e um rapaz de vinte e cinco, atenciosos com os dois únicos hóspedes, mas estranhos nos olhares e atitudes um com o outro.
James e Paul agiram normalmente durante os dias seguintes no lugar, passeando por trilhas e fotografando pássaros em árvores e nascentes de rios.
— Hoje é noite de lua cheia — comentou Paul.
— Sim. Temos que ficar preparados, pois, de acordo com o depoimento da Leslie, a aparição do "lobisomem" ocorreu em uma noite de lua cheia.
— Para de chamar ele de "lobisomem", nem sabemos do que realmente se trata. Mas você acredita mesmo que pai e filho escondam algum segredo? Nem mesmo a polícia italiana conseguiu encontrar nada contra os dois, James.
— São homens estranhos e misteriosos, que encaram a gente de uma maneira que parecem querer esconder alguma coisa.
Enquanto falava isso, James não percebeu, mas Giacomo e Sergio observavam a dupla de longe.
Capítulo IV.
Durante a madrugada, James e Paul foram despertos pelo som de um uivo, alto e terrível.
— É o lobisomem! — disse James, surpreso.
— Não pode ser real — falou Paul, tentando desacreditar do que ouvira.
— Você ouviu muito bem, Paul, nós dois ouvimos a mesma coisa. Ele é real, sim, — disse o advogado.
A dupla saiu do quarto na ponta dos pés, em silêncio, ambos carregavam revólveres em punho.
— Precisamos mesmo disso? — questionou Paul, segurando a arma.
— Você ouviu os uivos?
— Entendi.
"Como a Leslie falou", pensou James, baixinho.
A dupla saiu para fora, a noite estava clara. As estrelas, frias e brilhantes, cintilavam, enquanto a lua cheia banhava a cena com sua luz suave e difusa. Eles não andaram muito, até serem surpresos por uma fera negra gigante e sedenta por morte.
— Não é possível! — falou Paul, incrédulo com a visão do monstro.
Paul Sereno se formou Biólogo na Universidade de Nova York, buscando especialização na área da Criptozoologia, sua paixão desde criança. Tinha cinquenta anos, completos, mas sua fisionomia denunciava ser mais novo, talvez por praticar esportes com regularidade, segundo mencionado para James certa vez.
— Corra! Corra, James! — gritou Paul.
A dupla saiu correndo para a entrada do hotel, perseguida pela fera. Com grandes saltos, a enorme criatura negra percorria a trilha, seguindo os passos da dupla. James e Paul ficaram tão impressionados pela aparição do monstro, que não perceberam quando ele passou por eles, os fazendo recuar. Então, James e Paul apontaram suas armas e dispararam, acertando a fera, que urrou de dor.
— Ele morreu? — perguntou James.
Paul olhava impressionado para a fera gigante, que num último uivo de agonia e mordendo o ar, rolou para o lado, com as patas em esparmos furiosos. Em seguida, ficou imóvel.
— Sim! Acho que sim! — respondeu Paul.
Capítulo V.
Lionel e Margareth Boone encaravam Leslie no banco dos réus com desprezo e satisfação, certos da condenação da nora.
"Se existir justiça, ela nunca vai sair da cadeia", disse Margareth.
"Nós somos a justiça, minha querida, não se esqueça", respondeu Lionel.
— Com a palavra, o advogado de defesa. — disse o juíz.
— Obrigado, meritíssimo! — respondeu James. — Eu chamo ao tribunal a testemunha de defesa Paul Sereno, Biólogo e Criptozoologista.
— Levante a mão direita — falou o juiz — Jura dizer a verdade somente a verdade, nada mais que a verdade, sob pena de prisão se faltar com a verdade? — perguntou o juiz.
Paul levantou a mão direita e falou:
— Eu juro, meritíssimo!
— Com a palavra, o advogado de defesa — disse o juiz.
— Sr. Sereno, poderia me afirmar categoricamente se lobisomens existem? — perguntou James.
— Não! Não existem lobisomens.
Leslie olhou para a testemunha e ficou surpresa.
"Não é verdade isso", balbuciou ela.
James perguntou:
— Então o que foi que a minha cliente viu naquela noite em Garfagnana, na Toscana, quando seu marido foi brutalmente assassinado, e ela alega ter sido obra de um "lobisomem?
— Charles e Leslie foram vítimas de uma dupla de psicopatas, pai e filho, que usavam a estrutura da pousada da família, chamada pelo nome peculiar de "Montanha dos Ventos Uivantes" para cometerem os seus crimes hediondos. Eles criavam um animal exótico, cruzamento de lobo com hiena, não sei nem que nome dá para essa criatura.
— Para que finalidade eles utilizavam esse animal? — perguntou James.
— Simplesmente pelo prazer de assustar e roubar seu hóspedes. Tanto que o hotelzinho não tinha tantas reservas assim, a má fama já havia se espalhado.
James perguntou:
— Leslie Boone matou o marido dilacerando o seu pescoço, sr. Sereno?
— Não! — respondeu Paul. — Foi a fera controlada por Giacomo e Sergio, ela matou Charles. Na verdade, eles dois mataram!
— Obrigado, sr. Sereno, não tenho mais nenhuma pergunta. — disse James. — Diante disso, gostaria de perguntar ao júri: minha cliente, Leslie Boone, afinal, poderia ter causado esse ferimento de alguma forma?
Ele mostrou uma foto de Charles com o pescoço dilacerado.
Todos ficaram horrorizados com a cena.
— Claro que não. Olhem essas fotos (do corpo). Faca, espada, machado... nada poderia causar isto. "Agora, vejam as fotos da besta que matamos pessoalmente". "Isto, sim, poderia causar o estrago".
Apresentando as alegações finais, o júri começou a deliberar e, em menos de três horas, apresentou o veredito de inocência de Leslie Boone. Ela olhou para o seu advogado surpresa, e sorriu.
— Obrigado, Sr. Reeves.
— Não precisa me agradecer, Leslie, eu só fiz o meu trabalho.
— O que aconteceu com o signore Giacomo e o seu filho Sergio? — perguntou Leslie.
— Eles foram presos, Leslie, não deveria se preocupar com eles agora.
— Eu sei.
Duas vozes familiares soaram próximas de Leslie, eram Margareth e Lionel Boone.
— Vocês!? — ela disse, surpresa.
— Nós gostaríamos de pedir perdão para você , em nome de nosso filho Charles, sei que ele gostaria disso — disse Margareth.
— Nos perdoe, minha filha — disse Lionel, abraçando Leslie.
Os três se abraçaram, enquanto James observava tudo a distância. Quando Leslie estava deixando o tribunal na companhia dos sogros, Reeves a interrompeu na saída.
— Leslie, podemos conversar esse final de semana? — perguntou ele.
— Isso é um encontro, sr.James?
— O que você me diz?
— Eu digo que sim, meu salvador!
Tema: CRIPTOZOOLOGIA.