PLÁSTICO BOLHA

PLÁSTICO BOLHA

Sentado à beira da cama, feições contraídas, a mão um pedaço de plástico bolha que vai estourando qual estivesse despetalando uma flor entre os bens e mal me queres. A seu lado um corpo lívido e inerte, a boca num esgar de pavor já não respira. Antes de levantar um último aperto, mal me quer.

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 15/12/2024
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