LEONOR E O PIANO - CAP. 9

- "Miau, Miau, Miau

A senhora escutou miados de gato. O Réquiem continuou a tocar, e a estatueta estava no mesmo lugar de sempre. Leonor estava muito cansada daquelas circunstâncias, e os miados vinham de dentro do piano de cauda.

Ela levantou e foi olhar dentro do piano. O instrumento imediatamente parou de tocar, e realmente Leonor achou a gatinha. Ela estava com a boquinha aberta, parecia cansada. Leonor sentiu outro alento, quando viu sua bichana. Esquecer de tudo naquele terno momento seria o ideal, e então ela levou sua Vivara até a cozinha e lhe ofertou água e leite. A gata bebeu muita água e muito leite, depois deitou no chão. Leonor acorreu ao armário da cozinha, procurando o remedinho que a gatinha precisava tomar para cicatrização do corte feito na cirurgia de castração.

Quando ela virou de costas para ofertar o líquido em uma colher de chá: a bichinha havia sumido...

Leonor foi até a sala, e não a viu, olhou a casa toda por dentro, e aí rumou para o quintal, dando de cara com Francisco, com a gata no colo, a pianista mais uma vez se assusta: - Meu querido, que susto, você entrou muito silencioso, eu estava procurando Vivara. - Tia eu estou muito preocupado com você. Leonor- Não sei o motivo, eu estou bem...

_- Meu irmão me disse que você confundiu domingo com segunda-feira, é verdade?

-Nada demais, o Carlos Alberto está exagerando. Melhor entrarmos e lancharmos. - Ok?

- Você tem tocado muito seu piano, hoje eu gostaria de ouvir seu toque. Estou muito cansado, tenho trabalhado demais. - Ah, meu filho, eu acho que hoje seria bom sairmos um pouquinho, irmos ao Shopping, eu estou fechada aqui há muitos dias. Preciso respirar outros ares, mesmo que sejam ares urbanóides.

O rapaz nada respondeu, e se dirigiu ao banheiro externo...

VAMOS AO CAP. 10

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 23/10/2024
Reeditado em 24/10/2024
Código do texto: T8180628
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.