LEONOR E O PIANO - CAP. 7
Leonor resolveu realizar algo que não é muito compatível com sua herança genética, e comportamental. Seus pais lhe criaram com reservas, e ética. A educação em seu lar foi quase rígida. Pedir ajuda, só em último caso.
Ela pensou, pensou e mesmo um pouco assustada com o sumiço da gata, e o sumiço do piano de cauda, a melodiosa mulher resolveu solicitar a ajuda de seus dois sobrinhos. Não quis ligar do celular não, ela ligaria para eles, pelo fixo, ela ainda tem fixo, e pediria que viessem ter com ela.
O mais velho, era um pouco arredio, só visitava a tia para pedir ajuda financeira. Já, o mais novo, era muito carinhoso.
Bem, após tocar oito vezes, uma voz sonoramente grave disse - Alô. Mas não pareceu a voz do sobrinho mais velho, nem tampouco do mais novo. Leonor, então questionou: - Quem fala?
Do outro lado alguém respondeu - Com quem deseja falar, minha senhora? Leonor achou aquele tom um tanto quanto agressivo. Seus sobrinhos, poderiam ter todos os defeitos, porém eram muito bem educados. A voz do outro lado, sem dúvida, era de um homem; ela novamente questionou, com quem a senhora queria falar...Leonor resolveu dizer - Aqui é Leonor, quero falar com Alberto.
- Oi tia, sou eu Alberto. O que houve? Você está bem? Ela, intrigada, por aquela voz não parecer ser a voz de seu sobrinho disse: - Não, querido. Você está resfriado? E do outro lado, o homem retrucou - Sim, estou com um pouco de febre, é uma virose.
- Entendo, e seu irmão Francisco, como está? vocês estão trabalhando hoje?
A voz se tornou mais aguda e disse - Sim, mas em casa, claro. O Francisco, foi votar cedo, e ainda não retornou, pensei que iria passar aí, não passou? - Não meu caro, até agora não. Espere aí, hoje é segunda-feira, a eleição foi ontem, ele ainda não voltou para casa? - Tia, hoje é domingo. Segunda é amanhã. - Como? não, hoje é segunda, tenho certeza...
A história continua no capítulo 08