Quarta
Ele tinha sido atingido um minuto antes, o orifício na têmpora ainda esguichava sangue. eram quatro da manhã da manhã, Ana ainda dormia.
Tentei me levantar sem fazer barulho, alcancei o taco de beisebol que fica na cabeceira da cama e ,pé ante pé, me aproximei da criatura pelas costas.
O ser, iluminado pela lâmpada da geladeira, babava enquanto sugava um bife bovino de cócoras. Levantei o bastão e mirei a nuca,
Sinto um hálito quente com cheiro de hortelã no pé do meu ouvido.
"Amor, está tarde... vem pra cama, já está quase amanhecendo."
A sensação dos seios dela roçando meu ombro esquerdo me desarma e me deixo levar. Sob o edredom entre amassos ela me aconselha a parar de escrever em primeira pessoa.
"Os idiotas estão cheios de certezas"
Afundo na carne macia e tento não pensar em mais nada.