Os fantasmas da noite de 08 de Setembro de 2005

"Fui ao cemitério, como de costume, acender velas no cruzeiro, e ao estar voltando o trajeto, para sair dele, num caminho de terra batida, ví frondosa árvore, e algumas plantas belas da borda da árvore antiga dali, peguei aquelas plantinhas, de folhas caídas, e levei para casa, a fim de cultivar, tal musgo, ao adormecer naquela noite, sonhei com o mesmo local a que colhi tal musgo, e, abaixo daquela árvore, juntavam-se as almas penadas, daquele cemitério, todas esgrenhadas, esfarrapadas, a rirem em deboche e ironia entre elas, tal qual se vê entre viciados entre os vivos, revoltadas com sua torpe condição no Além, se valiam desses baixos costumes, e, não se respeitavam nem entre sí, ao acordar, joguei fora tais musgos, e, nunca mais colhi nenhuma planra de cemitérios.