O Estopim - CLTS 28

Fabiano acordou com o sol tocando sua pele morena. Estava deitado de bruço em um quarto luxuoso e uma cueca era tudo que cobria seu corpo. Levantou a cabeça um pouco confuso. Se sentia muito leve, era como se toda a tensão dos dias anteriores fosse coisa de algum pesadelo horrível. Não lembrava a última vez que acordara tão bem. Esticou os braços e encontrou seu celular debaixo de um travesseiro, viu as horas e se virou na cama extremamente feliz.

-Hello my followers!- Disse num inglês precário se espreguiçando.- Salve meus lindos, Fa por aqui. Desculpa o sumiço meus amores, vocês sabem que quando eu viajo eu fico muito tenso né!? Mas agora estou melhor e olha onde eu estou…- Tinha um jeito animado de falar e fazia expressões exageradas. Se levantou e deu uma volta pelo quarto para mostrar o luxo. Parou diante da parede de vidro.- Calma garotas.- Brincou quando registrou seu reflexo. A vista do lado de fora era exuberante. Uma praia paradisíaca com uma larga faixa de areia branca findando em um calçadão bem ajardinado com muitos coqueiros que beirava uma rua com uma infinidade de toldos coloridos e muita gente circulando.- Cobertura bebê. Mas, não é qualquer cobertura. Tá vendo ali embaixo? Praia! Mas não é qualquer praia é… praia em dólar… Putz!- Parou a gravação gargalhando.- Praia em dólar foi osso.

Voltou até a cama, se deitou e recomeçou a gravação. Fez tudo exatamente igual.

-Não é qualquer praia não… Miami Beach bebe! O pai está na gringa! Ali, olha lá… só a nata! Só gente gostosa e cheia de dinheiro e o pai está aqui pra causar!- Fez uma pose dramática antes de continuar.- Talvez quem está chegando agora não saiba mas, quem me segue a um tempo já tá ligado… Se não for pra causar eu nem saio de casa! terminou a gravação se despedindo e pedindo para seguir, compartilhar e comentar.

Sentou na cama enquanto editava e postava o vídeo em todas as suas redes sociais. Sua felicidade aumentou quando recebeu as notificações das primeiras reações. Seus olhos se encheram de lágrimas.

-Salve meus lindos! Fa por aqui…- Começou uma live. - Eu ia gravar um vídeo normal e tal, mas ai resolvi fazer essa live pra vocês verem que é real cara, essa parada que eu vou falar.- Limpou os olhos e voltou ao carisma de antes.- Cara, vocês são demais sabia!? Eu li vários comentários me parabenizando por estar aqui e tals mas véio, vocês não fazem ideia de como vocês me ajudaram a estar aqui hoje, sério! Sou chorão mesmo, pode zuar!- Respondeu um comentário.- Sério gente… cada vez que vocês curtem gera mais engajamento e isso ajuda demais… sem palavras pra vocês. De verdade, obrigado! Cada um de vocês, obrigado mesmo.- Fez uma pausa choroso e observou os comentários até aparecer o que ele esperava.- Valeu pelo comentário Stephany, eu também te amo, sério! Eai Steve, é claro que vai ter velhinho na gringa, o pai não perdoa! Salve Igor, ‘quando vai vim outra açãozinha?’ Ainda bem que você perguntou mano, estava esquecendo de avisar a galera. Então rapaziada estou pensando em fazer aquela ação da BMW hein!? A mais desejada! O que vocês acham? Daqui é mais fácil passar minha nave.- Fez outra pausa sorrindo e se animou quando viu o chat todo falando da ação.- Isso ai galera vão avisando os parças… - Um som de celular tocando inundou o quarto, Fabiano ficou nitidamente nervoso.- Galera tenho que atender… vão ventilando a ação que vai acontecer, beleza!? Beijos do Fa.

Encerrou a live e correu para atender o outro aparelho, com o coração disparado. Era um celular via satélite moderno.

-Alo!?

-Alo? Tu ta na gringa man é ‘Hello’

-Putz, que susto esse celular tocando do nada.- Respondeu aliviado reconhecendo a voz do amigo.- Achei que depois da… ‘obra feita’ não ia ter mais contato.

-Muleque, eu só liguei pra avisar que o cliente depositou o malote agora pouco. E o cara gostou de você.

-Sério? O cara é fechadão, mau encarado tá ligado!? No aeroporto eu…

-Pode falar, esse telefone é seguro. Para de ser frouxo, acho que por isso ele gostou de você.

Fabiano traficava uma nova droga indetectável no corpo, que ampliava o desempenho físico com poucos efeitos colaterais. Contou como foi interceptado no aeroporto pela polícia e foi levado para uma sala e lá seu contato revistou sua mala com as drogas. Depois de uma conversa entre eles, a equipe saiu e entrou o pessoal da empresa aérea pedindo desculpas, o liberando. Ele ficou dois dias em um hotel barato esperando contato para fazer a entrega. O encontro foi marcado em um hotel de luxo e ao chegar lá ele estava muito nervoso, encontrou o mesmo agente vestido como ‘turista’ na varanda da recepção e a troca foi feita discretamente.

-Tenso demais. Achei que voce ia tirar uma folga depois dessa…

-Folga nada, quero minha parte. Já vou meter a ação da BMW pra receber um pedaço. Avisa o chefe pra zerar a rifa depois de duas horas.

-O cara não perde tempo mesmo. Pode deixar cachorro, hoje é recorde de vendas nessa sua rifa manjada.

Os dois conversaram mais sobre assuntos banais e o amigo se despediu com um aviso.

-Não esquece esse celular.

-Me respeita fi. Primeira coisa que eu vou fazer é descer na praia e jogar esse BO no mar.

-Mano… não me fala que você vai correr contra os velhinhos ai também.

-Claro que eu vou! Meus seguidores adoram.

-Para de ser zuado mano.

-Olha a inveja! Quando você tiver dois milhões de seguidores a gente conversa, seu trouxa.

Fabiano encerrou a ligação, resetou o celular para configuração de fábrica e o desligou. Entrou em contato com sua equipe dando as coordenadas sobre a rifa. Desfez sua mala até achar suas roupas de corrida e foi tomar um banho. Enquanto se arrumava, recebeu uma mensagem avisando que estava tudo pronto e um balanço positivo das reações dos seguidores. Gravou um vídeo promovendo a rifa e instigando a expectativa de seu público. Usou sua droga antes de sair do hotel.

O dia estava lindo e as ruas repletas de gente, principalmente turistas. Fabiano estava com um suporte de celular no peito e um microfone e uma câmera discretos presos no bíceps. Foi direto para a pista animado com a quantidade de pessoas. Olhou seu smartwatch antes de iniciar uma corrida lenta. Estava adorando o fato de estar sendo paquerado por várias pessoas. Manteve o ritmo até que um homem de cabelo branco bem afeiçoado passou por ele rapidamente, era o que ele esperava para iniciar uma live.

-Hello my loves! Fa por aqui!- O celular fixo no suporte de peito, mostrava à sua frente.- Olha ali o cabeça branca… passou por mim se achando o Bolt, cheio de marra, acredita? O pai não vai perdoar.

Acelerou o passo até ficar lado a lado com o senhor, de modo que a câmera de seu braço o filmasse por inteiro, elogiou o pace dele. Usou o celular para filmar o próprio rosto fazendo expressões exageradas de esforço. Manteve isso até o senhor não aguentar mais e parar para respirar com as mão nos joelhos. Fabiano continuou correndo zombando abertamente dele e terminou a live falando sobre a rifa e prometendo muito material nos próximos dias.

Correu contra três senhores até chegar no fim da pista, todos devidamente gravados, era material para dois meses de conteúdo. Parou para tomar água e no banheiro usou mais uma dose da droga. Registrou ideias para cortes e chamadas e tomou um susto ao lembrar que deixou o celular seguro sobre a cama. Resolveu voltar para o hotel. Corria um pouco tenso com a ideia de que qualquer pessoa que entrasse no quarto teria acesso ao aparelho. Relaxou um pouco quando cruzou com seu tipo preferido de vítima. Um senhor com corpo atlético que paquerava duas mulheres jovens, os três corriam juntos. Fabiano não entendia tudo que eles falavam mas achou que o velho estava se esforçando muito para manter a pose. Ele diminuiu a velocidade e começou a gravar, fazia piadas sobre a situação. Pouco tempo depois as meninas se despediram indo em direção a rua e o velho continuou a corrida.

-Nice pace hum - Fabiano disse se colocando ao lado dele dando um joinha.

O senhor o olhou com desdém quando percebeu que ele estava gravando e acelerou um pouco. Alguns minutos depois Fabiano mostrava sinais de cansaço e parou de filmar. O senhor aumentou ainda mais o pace, estavam abaixo de quatro minutos por quilômetro

-Good pace… for a boy!- Disse sorrindo- Can you run like a man?

-É what!?- Fabiano não entendeu tudo mas não teve tempo de perguntar, o homem aumentou ainda mais a velocidade e se afastou dando um tchauzinho.- Esse véio tá me tirando.

Ficaram lado a lado por quinze quilômetros com o pace abaixo de três minutos. Fabiano estava no limite, totalmente concentrado na pista e o senhor ria de sua cara perguntando se ele estava bem, se queria um copo de água e coisas assim.

-Wait…- Se rendeu, diminuiu a velocidade até parar e colocou as mãos no joelho buscando ar.- Véio dopado… só pode.

-What? - O senhor havia parado e voltado até ele.- It's all that you have? Come on…

Fabiano o interrompeu tentando perguntar o que ele havia tomado e a conversa não fluía por ambos não se entenderem até que o senhor perguntou:

-Where are you from?

-From? I’m Brazil.

-Portugues, certo!? - O senhor disse depois de refletir por alguns segundos.

-Putz voce fala portugues!?

-Um pouco…

-Cara, nunca vi ninguém correr igual você … da sua idade né. O que você tomou?

Antes de responder ele se apresentou como Josh e perguntou o nome do outro, depois respondeu que havia tomado água e comido uma banana, enfatizou que adorava bananas mas Fabiano não prestou atenção e insistia em saber que droga ele usara.

-Porque você acha que eu usei droga? - Josh levou o outro até um banco no canteiro, falava com um leve sotaque

-Sei lá, você estava num pace de quase dois minutos e meio… isso é coisa de Queniano…

-Para!- Riu alto, falava mexendo o pescoço e tocando o rapaz.- Eu poderia ser um atleta ou sei lá, um agente especial… de férias.- Acrescentou quando percebeu o semblante do outro mudar.

-Pode crer…

-Que droga você usou?

-Eu? nenhuma… não, nem mexo com isso…

-Não parece.- Josh tirou do bolso interno de seu shorts um celular via satélite.- Que foi? - Perguntou quando Fabiano se levantou assustado.

-Nada ué.- Não conseguia disfarçar- Eu… eu preciso ir nessa

-Eu posso te acompanhar...

-Que isso… Se preocupa não cara.- Disse dando alguns passos para trás.

-Calma. Não precisa de timidez… - Josh avançava se divertindo com o nervosismo do outro.

-Não, imagina. É que preciso voltar mesmo…- Disse se virando

-E seu celular?- Josh perguntou mordendo o lábio.

-Como assim?… Tá aqui ué

-Tá bom…- Josh levantou as sobrancelhas- Vamos fazer o seguinte, Vamos correr até o píer, se você ganhar eu te esqueço completamente.- Disse devolvendo o aparelho para seu bolso interno.

Fabiano ficou um tempo remoendo a situação antes de responder que aceitava. Josh explicou que o píer era três quadras depois do fim da pista, ao lado de sua casa. Seria uma corrida dura e eles poderiam descansar lá depois.

Começaram devagar e seguiram a corrida inteira com um pace intermediário Josh tentava brincar com o outro mas ele estava muito tenso. O fim da pista foi ficando próximo e Fabiano tomou iniciativa disparando com tudo que tinha, sua arrancada chamou a atenção das pessoas, ele não esperava que Josh iria alcança-lo com facilidade. Cruzaram a calçada juntos e entraram na cidade dos canais, onde três ruas estreitas foram feitas de modo que pequenas embarcações pudessem cruza-las por baixo e acessar as casas assim como os carros. Por isso as pontes eram todas com formato de meia lua, o final da corrida ficava depois da terceira e última ponte.

Fabiano dava tudo de si, corria na rua e Josh na calçada. Havia poucas pessoas e quase nenhum carro pelo caminho, quando passaram da primeira ponte, Josh ficou com alguns metros de vantagem. Por um instante Fabiano pensou em virar as costas e sumir pelas ruas, mas estava com medo e em sua mente decidiu fazer qualquer coisa para pegar o aparelho. Entretanto, não aguentava mais e se preparou para o último sprint, iria explodir na segunda ponte. Um som de motor acelerando e pneus derrapando se fez atrás deles. A princípio ele estava tão focado que ignorou, porém assim que subiu a segunda ponte um estrondo o fez se encolher e olhar para trás. Um conversível branco tinha pulado na primeira ponte seguido por um vermelho, o barulho dos carros tocando o chão foi assustador. Josh estava acostumado a ver os garotos ‘brincando’ de pular aquelas pontes e não deu a mínima. Fabiano tentou se concentrar e voltou a correr, desesperado, seu rival ia subindo a terceira e última ponte. Os carros pularam a outra ponte e o que ia na frente acelerou ainda mais. Na terceira ponte o carro branco saltou e perdeu o controle na aterrissagem, Fabiano ouviu a derrapagem seguida de uma colisão, alcançou o alto da ponte e parou do lado do carro vermelho. O motorista era um homen negro com cabelo militar, vestia uma camiseta branca por baixo de um camisa verde, estava muito irritado falando pelo telefone sobre o cuidado que tinha pedido e que não iria deixar o patrão descontar do salário dele denovo, falava com muitas gírias e quando percebeu as pessoas se aproximando cobriu o rosto com um lenço verde, e se adiantou até o acidente.

Fabiano demorou para registrar tudo o que via, o carro branco estava de lado tomando quase toda a rua, com a frente amassada no parapeito de concreto. Uma fumaça branca azulada subia do capô, o outro motorista desceu desnorteado, era um homem com um blackpower pequeno, usava uma camisa preta de manga longa por baixo de uma verde escuro com botões fechados, tinha tatuagens no pescoço e também cobriu o rosto com um lenço verde. Entrou no carro vermelho xingando o amigo e falando num tal de Simeon, ambos fugiram a toda velocidade e dava para ouvi-los discutindo pelo viva-voz d o carro que ainda estava ligado até que a ligação foi encerrada.

-Me ajuda! - Uma voz cortou o silêncio

Era o Josh a fumaça impedia de ve-lo. Fabiano chegou mais perto e viu o homem prensado no muro segurando a frente do carro na altura do abdômen com as duas mãos. Ele reparou que a lataria estava amassada com as marcas de seus dedos.

-Não fica parado ai, me ajuda a empurrar o carro… - Josh fazia uma expressão de força

-E o celular ? - Fabiano estava desnorteado e essa foi a única coisa que conseguiu falar

-Droga! - Josh ficou claramente preocupado. - Tá vazando fluidos… - Fez força novamente e o carro se moveu alguns centímetros para trás com as rodas travadas

-Mas que po…

-Me ajuda idiota! - Josh conseguiu abrir um espaço, escorregou as costas até o chão e ficou sentado com os joelhos dobrados olhando sua barriga aberta desolado.

-Como você fez isso, cara? - Olhava boquiaberto, pela primeira vez reparou as marcas no muro e percebeu dois buracos no concreto onde estavam os cotovelos do homem. - Como você…- Disse indo até ele e perdeu a voz quando viu seu abdômen aberto e um líquido pastoso azul escorrendo no meio de suas pernas. Por dentro dele, entre suas entranhas havia uma espécie de máquina com tubos fluorescentes e algo transparente que imitava os movimentos de um pulmão. A fumaça saia da bolsa transparente. - Você é um robô!?

-Não seja estupido! - Josh parecia esgotado. - Ei ei ei, não faça isso… - Disse quando o outro pegou o celular do suporte de peito. - Você não pode registrar isso…

-Mano! Olha esse maluco… - Fabiano iniciou uma live. - Se Liga, o cara é tipo um Robocop! - Disse dando zoom nas entranhas de Josh que cobria o rosto e implorava para ele desligar o aparelho. Os populares olhavam de longe e alguns já tinham chamado socorro.

Um drone se aproximou muito rápido e lançou uma cortina de fumaça, ouvi-se sirenes e um megafone pedindo para as pessoas se afastarem. Fabiano não enxergava um palmo a frente, encostou no Josh e ficou muito assustado falando com seu celular que estava acontecendo alguma coisa, que ele era inocente e que o ‘cara’ era um robô. O som de um carro freando perto e das portas se abrindo o fez congelar, passos apressados iam em sua direção e quando ele viu um homem com uma farda cobrindo todo seu corpo usando uma mascara de gas apontando um fuzil em sua direção ele gritou por socorro e foi nocauteado. Seu celular caiu no chão e filmou dois homens vestidos da mesma forma levando o Josh que passou o tempo todo em silêncio cobrindo o rosto.

As manchetes do dia seguinte destacavam uma tentativa de assassinato contra um bilionario que corria na orla, segundo a materia um youtuber brasileiro, conhecido por tripudiar idosos, roubou um carro e tentou atropelar Joshua, um mega empresario da região depois de um desentendimento entre os dois. A matéria mostrava diversos vídeos de Fabiano humilhando as pessoas e o colocava como um maníaco, os especialistas acusavam os moderadores de redes sociais por permitirem esse tipo de comportamento e um grande debate tomou conta de todos os canais de notícias.

Por outro lado, na internet as coisas seguiram outro rumo. Mesmo com todos os perfis e contas do Fabiano sendo excluídos, muitos de seus seguidores acompanharam sua última live e vários deles divulgaram trechos e prints de Joshua com seus implantes tecnológicos, gerando centenas de teorias e grande alvoroço nas massas. A grande mídia tentou de todas as maneiras desacreditar ou mudar a mainstream, entretanto não conseguiu e a situação piorou a ponto de haver revolta dos populares em vários lugares do mundo exigindo explicações das autoridades. Meses depois, ninguém se lembrava do youtuber. Joshua por outro lado, sofreu diversos ataques e estava desaparecido. O mundo beirava a desordem, no ápice do caos, um pronunciamento pôs fim a todas especulações. A ONU admitiu que existia uma vertente da medicina que era exclusiva para quem pudesse pagar e que os países estavam trabalhando juntos para regulamentar esse tipo de tratamento. Em outras palavras, pessoas estavam comprando diversos tipos de implantes tecnológicos, prolongando sua vida e aumentando suas habilidades. O resultado foi uma catástrofe global, a classe trabalhadora em geral se revoltou em todos os lugares, depredando e saqueando as indústrias e o comércio.

Governos foram substituídos por GigaTecs que transformaram várias pessoas em Ciborgues e as usaram junto de drones para restabelecer algum tipo de ordem social através da força. Depois de alguns anos, os mesmos ciborgues fundaram suas próprias facções e a sociedade dizimada se adaptou a um eterno conflito entre hackers, IA e megacorporações.

Marlon A A Souza
Enviado por Marlon A A Souza em 26/08/2024
Código do texto: T8137654
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